São Paulo, quarta-feira, 10 de março de 2004

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Mustafá oficializa censura contra sócios

DA REPORTAGEM LOCAL

O novo estatuto do Palmeiras, que gerou polêmica no clube entre conselheiros da oposição e da situação, foi aprovado.
Em reunião do Conselho Deliberativo ocorrida na noite de anteontem, o novo regimento, que entre outras coisas autoriza o presidente do clube a punir sócios que critiquem sua gestão, foi aprovado por maioria esmagadora. Dos 202 presentes na reunião, apenas 15 -todos da oposição- votaram contra o novo estatuto.
A partir da entrada em vigor do novo estatuto, que ainda precisa ser registrado para passar a valer, qualquer sócio pode ser punido com até 90 dias de suspensão após sindicância feita por uma comissão interna, conforme antecipou a Folha em janeiro.
Outras alterações significativas dizem respeito ao processo eleitoral no Palmeiras. O próximo presidente do clube, que terá eleições em janeiro de 2005, só poderá se reeleger uma vez. Com isso, o atual ocupante do cargo, Mustafá Contursi, ainda tem a possibilidade de ficar no comando até 2007.
Atualmente em seu sexto mandato, o presidente palmeirense já disse em diversas oportunidades que deixaria o comando do clube -na última, prometeu (e não cumpriu) que renunciaria após reconduzir o time à Série A.
O novo estatuto também acaba com as indicações para o conselho. Ao fim do mandato vigente, em 2005, serão 152 conselheiros eleitos e 148 vitalícios.
O clube também aumentou a carência para que um sócio possa participar das votações para a eleição do conselho -que depois se encarrega de eleger o presidente. Agora, apenas quem possui título há mais de três anos terá o direito a voto e ainda precisará esperar mais cinco anos para se candidatar a conselheiro.
Pelas regras antigas, sócios que acumulavam um ano de clube já podiam votar, mas esperavam mais sete para ir ao conselho.
O novo estatuto do Palmeiras era para ter sido votado no início do ano, mas liminar obtida pela oposição protelou a aprovação.
Apesar das mudanças, o Palmeiras optou por não se adequar ao Código Civil agora.


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