DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério do Trabalho e Emprego concedeu ontem visto de trabalho, em caráter permanente, ao iraniano Kia Joorabchian.
A partir de agora, o executivo pode assinar documentos pela MSI, parceira corintiana, no país.
Ele já tomava decisões, mas, para evitar problemas, deixava as formalidades para Paulo Angioni, que assumiu a administração do braço nacional da empresa.
Em nota divulgada em seu site, a pasta informa que a empresa apresentou um documento que trata de transferências financeiras do exterior no valor de US$ 1,3 milhão. A movimentação foi aprovada pelo Banco Central.
Segundo os documentos enviados ao ministério, Kia exerce o cargo de diretor da MSI brasileira.
A situação do iraniano no país gerou polêmica entre o Ministério do Trabalho e Emprego e a Polícia Federal. A coordenadora-geral de imigração da pasta, Hebe Teixeira Romano, dizia que o simples fato de Kia dar entrevistas pela parceria já caracterizava "ato de gestão". Segundo ela, o visto de negócios ostentado pelo estrangeiro, com passaporte britânico, não permite tal situação.
A Polícia Federal discordava, mas, acionada pelo ministério, ouviu Kia. Ao analisar o pedido de visto de trabalho, o ministério examinou relatório da PF que assegurava a situação legal do estrangeiro no país.
O iraniano também terá de prestar depoimento no Ministério Público de São Paulo, que investiga a parceria. A data ainda não foi marcada pelos promotores do Gaeco, grupo do órgão que combate o crime organizado. Ontem, foi ouvido Nesi Curi, vice de futebol amador corintiano e um dos representantes do clube na parceria. Como os outros dirigentes, ele disse desconhecer os investidores da MSI, mistério que mais intriga os promotores.


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