Reuters

O presidente da Fifa, João Havelange, conversa com Michel Platini durante sessão da entidade, em Paris

MARIANE COMPARATO
de Paris


A Fifa, órgão máximo do futebol mundial, vai adotar, a partir da segunda fase do Mundial da França, na qual as partidas são eliminatórias, a morte súbita.
A morte súbita ou gol de ouro acontece quando a partida termina empatada. A equipe que fizer o gol durante a prorrogação é declarada a vencedora. Se após o tempo extra, o empate permanecer, a decisão será nos pênaltis. O sistema foi utilizado na Eurocopa de 96.
A decisão foi tomada ontem em uma reunião, organizada pela Fifa em Paris, que discute sobre as diretrizes da organização da Copa, aberta apenas a membros da entidade, do CFO (Comitê Francês de Organização da Copa do Mundo) e aos técnicos.
Outra mudança foi a autorização para as 32 seleções que disputam a Copa convocar, além dos dois goleiros oficiais, um terceiro, caso um deles se machuque.
O goleiro-tampão pode ficar no país de origem ou ir para a França desde o início da competição.
O terceiro goleiro não poderá ser acionado se um dos titulares for afastado por suspensão.
Ficou decidido também que as equipes deverão, antes de cada jogo, deixar pelo menos dois treinos abertos à imprensa.
Discutiu-se também a questão das cotas de ingressos para cada país participante. As federações da Bélgica e da Holanda reclamaram que, para a partida na qual se enfrentarão, no dia 13 de junho, dispõem de 6.000 ingressos cada.
O CFO vai decidir até a próxima sexta-feira se redistribui para os diversos países 152 mil ingressos da cota que lhe pertence. "Possuímos 2,5 milhões de ingressos, mas nos pediram 20 milhões. Haverá muita gente decepcionada", disse o ex-jogador Michel Platini, um dos presidentes do CFO.
Se um dos países não conseguir vender a totalidade dos ingressos que possui, foi aconselhado a não vender o restante ao rival, para evitar brigas e mistura de torcidas.



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