|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Equipe, que venceu todos os grandes no Paulista, desperdiçou sete pontos contra outros times no próprio estádio
100% em clássicos, São Paulo culpa os
tropeços em casa
DOS ENVIADOS A MOGI MIRIM
O São Paulo bem que fez o seu
papel ontem em Mogi, assegurou
a vitória sobre o Ituano já com
cinco minutos, mas sentiu os efeitos da irregularidade dentro de
sua própria casa para justificar o
vice-campeonato do Paulista.
"Três jogos foram fundamentais: os empates com Guarani e
Noroeste e a derrota para o Juventus", disse o goleiro Rogério, em
alusão aos sete pontos que o time
deixou escapar em seu estádio.
Dos 18 pontos que disputou no
Morumbi, excetuando os clássicos, o São Paulo de Muricy Ramalho foi um pouco acima de regular. Em seis jogos, foram três vitórias, dois empates e uma derrota,
com um aproveitamento de 61,1%
diante de sua torcida -no mesmo ano, aliás, em que deu adeus a
uma invencibilidade caseira de 30
jogos na Libertadores, construída
ao longo de 19 anos.
A lição bem feita em casa mostra a diferença que levou o São
Paulo ao título de 2005, de forma
antecipada, em relação ao desempenho na campanha do vice neste
ano. Com Emerson Leão , a equipe venceu oito dos nove jogos em
casa. Sofreu um único revés, um 2
a 1 para a Ponte Preta. Neste ano,
nem mesmo o fato de o time ter
vencido todos os clássicos foi suficiente para suprir os tropeços em
seu terreno. Perdeu para o Juventus por 1 a 0 e empatou com Guarani (3 a 3) e Noroeste (1 a 1).
A experiência de ganhar de todos os grandes em um Paulista e
acabar sem o título de campeão
não é inédita para os são-paulinos. Em 2001, o time do Morumbi
já amargou essa experiência.
Naquele ano, o time de Oswaldo
Alvarez, que acabou com o título
do Rio-São Paulo, ganhou de Santos, Palmeiras e Corinthians, como nesta temporada. Mas encerrou a fase classificatória apenas
em oitavo lugar, graças a derrotas
para Portuguesa, União Barbarense, União São João, Botafogo,
São Caetano e Rio Branco.
Com o vice deste ano, o São
Paulo deixa de pé uma escrita duradoura. A última vez que o time
levantou um Paulista com 100%
de aproveitamento em clássicos
foi em 53, ano em que nenhum jogador nem Muricy eram nascidos.
(LUÍS FERRARI E TONI ASSIS)
Texto Anterior: O personagem: Giovanni, enfim, consegue um título na equipe Próximo Texto: Futebol: Torcedores comemoram como campeões Índice
|