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COPA 2002/ AS CHAVES DA COPA
Na prática, Argentina não vê Grupo da Morte
Não há chave mais difícil nesta
Copa do que o Grupo F, mas esse
grupo também não é tão "mortal"
como pode parecer inicialmente.
Há dois claros favoritos para a
vaga: Argentina e Inglaterra. E há
um grande favorito para o primeiro lugar: a seleção argentina.
Nigéria e Suécia têm condições
de roubar pontos dos campeões
mundiais da chave (argentinos e
ingleses conquistaram, juntos,
três títulos), mas dificilmente
avançarão às oitavas-de-final.
Não bastasse as grandes individualidades da Argentina, o conjunto da equipe de Marcelo Bielsa
é arma poderosa. O maior rival do
Brasil entra no Mundial com um
favoritismo ao título quase tão
grande quanto o da França.
A Inglaterra também mostrou
muita força nas eliminatórias,
quando atropelou a Alemanha
por 5 a 1 fora de casa, especialmente devido ao talento do meia-atacante Owen, um dos melhores
jogadores do planeta atualmente.
Dúvidas e problemas permanecem nas seleções argentina e inglesa às portas da Copa -a presença de Batistuta no time titular e
a contusão de Beckham são
exemplos-, mas isso não é suficiente para equilibrar o grupo.
A Nigéria, que tem um potencial imenso, está destruída. O técnico Adegboye Onigbinde, um
quebra-galho, trabalha com 35
nomes para a Copa, mas, por brigas entre a federação, várias estrelas do país e o próprio treinador,
Finidi, Oliseh e Babangida, entre
outros, não jogarão na Ásia.
Os nigerianos entrarão na disputa com uma equipe com novos
nomes e com alguns nomes velhos, que, por serem ""gatos", teriam 40 anos ou mais. Triste.
A Suécia fez boa campanhas nas
eliminatórias, mas o time, bastante renovado, não foi devidamente
testado. Em amistosos, não tem
correspondido. A dupla de treinadores que teve sucesso nas eliminatórias passou a ser questionada
e pode não ser mantida.
Há temor em ficar em segundo
na chave porque o segundo mais
bem colocado do grupo pegará
potencialmente a França nas oitavas. Isso só aumenta o interesse
no clássico Argentina x Inglaterra,
o melhor jogo da primeira fase.
No fim das contas, a Argentina
pode sair cheia de moral, e a Nigéria corre o risco de perder três jogos e ser o pior africano da Copa.
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