DA REPORTAGEM LOCAL

Parecia que o Corinthians conseguiria, após quase três meses, virar uma partida. Parecia.
A equipe paulista saiu atrás no placar, virou o jogo, mas voltou a falhar e cedeu o empate em 2 a 2 ao Atlético-MG no fim da partida, ontem, no Mineirão.
Desde o dia 26 de fevereiro, quando bateu o Juventus por 3 a 2, o Corinthians não obtém uma virada. No Campeonato Brasileiro, o time paulista não reverte um marcador há 26 partidas. A última vez que alcançou o feito foi contra o Atlético-MG, no dia 10 de agosto do ano passado.
"Dos males, o menor. Pelo menos estamos levando um ponto", conformou-se o lateral Rogério.
Além de sair com apenas um ponto de Minas Gerais e ainda amargar um lugar na parte de baixo da tabela -é o 18º colocado, com quatro pontos-, o Corinthians manteve sua sina de reabilitar os ataques dos adversários.
Como já fizera nos últimos dois compromissos no Nacional, quando, ao sofrer duas goleadas por 4 a 0, fez os setores ofensivos de Grêmio e Palmeiras subirem de produção e voltarem a marcar gols após um começo de campeonato titubeante, o time do Parque São Jorge foi vazado duas vezes pelo ataque atleticano, que chegou ao confronto com média de um gol anotado por partida.
Se o que aconteceu dentro de campo não foi tão diferente do que vem ocorrendo com o Corinthians ultimamente, à beira do gramado houve a confirmação de uma mudança.
O técnico Oswaldo de Oliveira, conhecido por seu perfil pouco vibrante e temperamento sereno mesmo em situações adversas, não parou de gesticular e gritar com seus comandados.
Mesmo antes de ver sua equipe sofrer o primeiro gol, Oliveira se mostrava irrequieto e descontente com a atuação corintiana.
O Corinthians começou o jogo com um meio-campo mais marcador, composto por três volantes (Rincón, Wendell e Fabinho) e apenas um armador, o meia Piá.
Mesmo reforçado defensivamente, o time paulista dava espaços na lateral esquerda, onde o meia Renato tem atuado improvisado, por opção de Oliveira.
E foi por aquele setor que o Atlético abriu o placar, aos 30min do primeiro tempo. O meia Renato cruzou para a área, o atacante Alex Mineiro se antecipou ao zagueiro Anderson e cabeceou, sem dar chances para Fábio Costa.
Um minuto após sofrer o gol, o técnico corintiano resolveu mudar o esquema de sua equipe. Sacou Piá e promoveu a entrada de um terceiro atacante: Jô.
A mudança deixou o Corinthians com maior poder ofensivo, mas apenas na segunda etapa é que o time chegou ao empate.
Aos 7min, Fabinho, que passou a jogar mais adiantado igualou, de cabeça, o placar: 1 a 1. A virada corintiana veio oito minutos mais tarde, numa jogada iniciada pelo autor do primeiro gol.
O volante lançou Marcelo Ramos, que invadiu a área e foi derrubado pelo zagueiro André Luis. Rogério bateu o pênalti: 2 a 1.
Com a vantagem, o Corinthians passou a jogar mais recuado. Oliveira optou por tirar o colombiano Rincón, que saiu de campo reclamando, pelo lado oposto onde fica o banco de reservas.
O recuo corintiano possibilitou ao Atlético voltar a dominar as ações ofensivas do jogo -a equipe mineira chegou a acertar por duas vezes a trave do gol defendido por Fábio Costa.
A torcida atleticana, porém, não se mostrava satisfeita. O técnico Bonamigo foi xingado de "burro" por não colocar o meia Tucho.
O treinador atendeu aos torcedores, e aos, 40min do segundo tempo, Tucho cobrou falta e, beneficiado por uma falha de Fábio Costa, empatou o confronto.
Na próxima rodada, o Corinthians joga em casa contra o Guarani. Antes, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, faz o jogo de ida com o Vitória, em São Paulo.


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