MAURÍCIO EIRÓS
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Vanderlei Luxemburgo pediu ontem que a torcida do Santos apóie o time em peso amanhã, diante da LDU, do Equador, na Vila Belmiro, pela Libertadores.
No primeiro treino após sua volta à Vila Belmiro, ontem à tarde, o novo treinador, que assinou contrato até dezembro de 2004, diz que precisa de tempo para implantar sua filosofia.
"Não sou mágico. Não vou conseguir em dois dias mudar toda uma sistemática. Colocar o Diego e o Robinho no banco no primeiro tempo contra o Juventude [anteontem] foi uma maneira minha. Amanhã, [hoje] vou introduzir alguma coisa minha", disse o técnico, que comandou a equipe de uma tribuna na Vila Belmiro na vitória de 2 a 1 sobre os gaúchos.
Além do apoio, ele pediu paciência aos torcedores. Segundo Luxemburgo, de nada adianta lotar o estádio e, em poucos minutos, vaiar.
"É importante o torcedor ter paciência e fazer a diferença para a equipe. Temos que encher a Vila, torná-la mágica. A torcida tem que jogar junto com o time. Não adianta com 15 ou 20 minutos se tornar impaciente e passar a ser uma adversária nossa. Estou convocando os torcedores para serem nossos centroavantes. Para ajudar a colocar a bola para dentro", disse o treinador.
O time da Vila Belmiro, que perdeu para os equatorianos por 4 a 2, precisa vencer por três gols de diferença para avançar às quartas-de-final do torneio sul-americano. Vitória por dois gols leva a decisão para os pênaltis.
"Fazer três gols é muito difícil, mas se consegue. Tem que ter o equilíbrio para se classificar direto. Já conversei isso com os jogadores, vou conversar novamente. Vou trabalhar tática e emocionalmente", disse o treinador.
Luxemburgo antecipou a concentração dos jogadores para ontem à noite. Sobre a possibilidade de voltar a trabalhar com o meia-atacante Ricardinho, que está sem clube desde que rescindiu com o Middlesbrough, o técnico foi lacônico. "Meu estilo é diferente e desse tipo de assunto trato apenas internamente."


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