DA REPORTAGEM LOCAL

Insatisfeito com seu desempenho nos 100 m livre, Gustavo Borges cogita desistir da prova, na qual possui duas medalhas olímpicas, nos Jogos de Atenas-04.
Único brasileiro que obteve índice para participar dos 100 m livre, Borges terminou somente na quinta colocação no Troféu Brasil, última seletiva olímpica, disputada no Rio, com 50s66.
"Ainda vou analisar com meu técnico a possibilidade de não nadar os 100 m livre", declarou Borges, 31, que se concentraria apenas no revezamento 4 x 100 m livre. "Quero participar tendo condições de chegar às finais e não sei se isso será possível."
Com o tempo que obteve ontem, o nadador ficaria muito distante até da classificação para as semifinais da prova. Nos últimos Jogos, o croata Duje Draganja conseguiu a 16ª vaga com 49s83.
"Não quero participar como figurante. Já fui ao pódio em três Jogos Olímpicos e não quero encerrar minha participação sem condições de disputar", disse Borges, que, ao lado do iatista Torben Grael, é o brasileiro com mais medalhas olímpicas: quatro.
Já em Sydney-2000, ele terminou as semifinais na última colocação e ficou distante dos holofotes que teve em Barcelona-92, quando ficou com a prata, e em Atlanta-96, ao obter o bronze.
O Troféu Brasil foi a despedida de Borges das competições nacionais. Ele foi homenageado pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos antes do início das provas de ontem.
"Tudo tem sua hora e chegou o meu momento de parar. Não é uma despedida triste, porque foi planejada e esperada", afirmou Borges, cujo nome já foi cogitado pelo presidente da CBDA, Coaracy Nunes, para sucedê-lo no comando da entidade.


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