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FUTEBOL
Após três meses no Qatar, atacante chega ao Rio e diz que pode encerrar a carreira pelo Fluminense no fim do ano
Na volta, Romário fala em se aposentar
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
Depois de fracassar no Qatar, o
atacante Romário, 37, chegou ontem ao Rio e disse cogitar encerrar
a carreira no final do ano.
O jogador, que desembarcou
com a camisa do Fluminense, seu
novo clube, afirmou que só garante continuar nos gramados até
o final de dezembro, quando o
contrato com o clube se encerra.
"Neste ano, com certeza, vou jogar e talvez continue por mais um
ano", disse o atacante, ao ser
questionado sobre o futuro. Em
agosto passado, na chegada ao
Fluminense, ele disse que tinha
como meta voltar à seleção.
Romário afirmou acreditar que
esse será seu último clube. Até o
ano passado, dizia que queria encerrar a carreira no Flamengo,
onde jogou na década de 90.
Apesar de ter atuado apenas três
partidas pelo Al-Saad, do Qatar,
Romário disse que pretende reestrear contra o Goiás, no sábado,
no Maracanã, pelo Brasileiro.
O atacante, que foi o quarto jogador com mais gols (16) no último Nacional, deve se apresentar
hoje no Fluminense e já treinar.
"Se depender da minha vontade, jogo sem problemas", afirmou
o atacante, que salientou não saber se aguentará os 90 minutos e
chegou aparentando ter emagrecido depois de mais de três meses
fora do Brasil.
Romário não escondeu a decepção com a transferência para o futebol do Qatar. "Foi uma experiência diferente. Se soubesse dos
problemas, talvez não tivesse
ido", disse o jogador, que recebeu
cerca de US$ 1,5 milhão para jogar
no Al-Saad entre março e maio.
A passagem de Romário pelo
Qatar foi cheia de problemas.
Contratado para disputar a Copa
da Ásia, o jogador não teve a inscrição aceita na competição porque o prazo já havia expirado.
Depois, o atleta se desentendeu
com o treinador da equipe, o belga Luka Peruzovic, que queria
que ele ajudasse na marcação. O
conflito de Romário com o treinador levou a diretoria do clube a separá-lo do restante do grupo.
Com a decisão, Romário ficou
isolado por quase dois meses.
Fora de campo, o jogador teve
que conviver com a tensão no país
após o início da Guerra no Iraque.
O atacante havia até incluído no
contrato uma cláusula de rescisão
em caso de guerra, não acionada.
"Para a minha carreira, essa
passagem não foi boa. Perdi um
pouco o meu principal objetivo,
que é chegar o mais perto possível
dos mil gols", disse o atleta, que,
segundo seus cálculos (com as divisões de base), já marcou 864.
Na sua passagem pelo futebol
do Qatar, Romário não fez nenhum gol pelo Al-Saad.
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