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São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 2003

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FUTEBOL

Após três meses no Qatar, atacante chega ao Rio e diz que pode encerrar a carreira pelo Fluminense no fim do ano

Na volta, Romário fala em se aposentar

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Depois de fracassar no Qatar, o atacante Romário, 37, chegou ontem ao Rio e disse cogitar encerrar a carreira no final do ano.
O jogador, que desembarcou com a camisa do Fluminense, seu novo clube, afirmou que só garante continuar nos gramados até o final de dezembro, quando o contrato com o clube se encerra.
"Neste ano, com certeza, vou jogar e talvez continue por mais um ano", disse o atacante, ao ser questionado sobre o futuro. Em agosto passado, na chegada ao Fluminense, ele disse que tinha como meta voltar à seleção.
Romário afirmou acreditar que esse será seu último clube. Até o ano passado, dizia que queria encerrar a carreira no Flamengo, onde jogou na década de 90.
Apesar de ter atuado apenas três partidas pelo Al-Saad, do Qatar, Romário disse que pretende reestrear contra o Goiás, no sábado, no Maracanã, pelo Brasileiro.
O atacante, que foi o quarto jogador com mais gols (16) no último Nacional, deve se apresentar hoje no Fluminense e já treinar.
"Se depender da minha vontade, jogo sem problemas", afirmou o atacante, que salientou não saber se aguentará os 90 minutos e chegou aparentando ter emagrecido depois de mais de três meses fora do Brasil.
Romário não escondeu a decepção com a transferência para o futebol do Qatar. "Foi uma experiência diferente. Se soubesse dos problemas, talvez não tivesse ido", disse o jogador, que recebeu cerca de US$ 1,5 milhão para jogar no Al-Saad entre março e maio.
A passagem de Romário pelo Qatar foi cheia de problemas. Contratado para disputar a Copa da Ásia, o jogador não teve a inscrição aceita na competição porque o prazo já havia expirado.
Depois, o atleta se desentendeu com o treinador da equipe, o belga Luka Peruzovic, que queria que ele ajudasse na marcação. O conflito de Romário com o treinador levou a diretoria do clube a separá-lo do restante do grupo.
Com a decisão, Romário ficou isolado por quase dois meses.
Fora de campo, o jogador teve que conviver com a tensão no país após o início da Guerra no Iraque. O atacante havia até incluído no contrato uma cláusula de rescisão em caso de guerra, não acionada.
"Para a minha carreira, essa passagem não foi boa. Perdi um pouco o meu principal objetivo, que é chegar o mais perto possível dos mil gols", disse o atleta, que, segundo seus cálculos (com as divisões de base), já marcou 864.
Na sua passagem pelo futebol do Qatar, Romário não fez nenhum gol pelo Al-Saad.


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