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Obama critica Bush por "visita olímpica"
Presidente do Parlamento Europeu boicotará o evento
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato democrata à
Presidência dos EUA, Barack
Obama, criticou a possibilidade
de o atual ocupante do cargo,
George W. Bush, comparecer à
cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, marcada para 8 de agosto.
Obama disse que ele iria ao
evento apenas se tivesse identificado avanços no diálogo entre
o governo chinês e o dalai-lama
(líder tibetano que vive exilado
na Índia).
"Na ausência de algum sentido de avanço, na ausência de algum posicionamento do dalai-lama de que houve progresso,
eu não iria", afirmou o senador
democrata, que é natural de
Chicago, cidade que concorre
com Rio, Tóquio e Madri pela
realização dos Jogos de 2016.
No início do ano, Obama defendera o boicote do presidente
dos EUA à cerimônia de abertura como forma de protesto
contra violações aos direitos
humanos na China.
Se Bush de fato comparecer à
cerimônia de abertura, será a
primeira vez que um presidente dos EUA acompanha tal
evento in loco fora do território
norte-americano.
Em pronunciamento a jornalistas há uma semana, Dana Perino, porta-voz da Casa Branca,
dissera que Bush não condicionava sua presença na abertura
da Olimpíada a negociações entre China e os tibetanos.
Tal posição era defendida pelo candidato republicano, John
McCain. E foi a estratégia promovida pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, que também confirmou sua ida ao
evento, no qual ele representará ainda a União Européia.
A nota oficial que informa a
participação do francês não cita
em momento algum as questões tibetana e de direitos humanos. Mas registra que a motivação da viagem de Sarkozy é
"aprofundar a parceria estratégica [da França] com a China".
Sarkozy encontrou o presidente da China, Hu Jintao, no
encontro de cúpula do G8, realizado no Japão, e confirmou
sua viagem à capital chinesa.
Publicamente, Hu avaliou a decisão como "correta".
Entretanto a presença do líder francês não foi a única novidade acerca da abertura dos Jogos que surgiu ontem na Europa. Horas depois de o anúncio
da viagem repercutir no continente, Hans-Gert Poettering,
presidente do Parlamento Europeu, declarou que irá boicotar a cerimônia do dia 8.
"Considerando que as conversas [entre emissários do dalai-lama e da China] se provaram inconclusivas até agora,
decidi não ir à cerimônia de
abertura dos Jogos Olímpicos",
afirmou Poettering, um aliado
próximo da chanceler alemã,
Angela Merkel.
Não foi a única menção contrária da casa após o anúncio da
viagem de Sarkozy.
"A Europa capitulou... A Europa deveria manter o senhor
Sarkozy longe de Pequim", disse o vice-presidente, Edward
McMillan-Scott, na assembléia
do Parlamento, reunida em Estrasburgo (França).
O líder dos verdes, Daniel
Cohn-Bendit, exibiu um tom
mais enfático, acusando o presidente francês de "expor a Europa à humilhação".
Com agências internacionais
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