São Paulo, sábado, 10 de agosto de 2002

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FUTEBOL

Time do Morumbi, que no primeiro semestre teve média de 1,24 gol sofrido por jogo, terá dois estreantes no setor

São Paulo estréia preocupado com defesa

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de ter se reforçado, trocado a comissão técnica e até mesmo ter passado por mudanças no comando do clube, o São Paulo começa o Campeonato Brasileiro com a mesma preocupação que tem acompanhado a equipe há tempos: a defesa.
O time que estréia hoje no Nacional, às 16h, no estádio do Morumbi, contra o Paysandu, ainda sofre com as incertezas a respeito de sua eficiência defensiva.
O time comandado pelo técnico Oswaldo de Oliveira terá hoje dois estreantes na equipe titular. Ambos são jogadores do setor defensivo: o zagueiro Ameli e o lateral-esquerdo Jorginho Paulista.
O São Paulo teve um desempenho defensivo ruim no primeiro semestre. Foram 52 gols sofridos em 42 jogos disputados nas três competições oficiais em que o time jogou (Torneio Rio-SP, Copa do Brasil e Supercampeonato Paulista). A média de gols sofridos por jogo foi de 1,24.
Já no segundo semestre, na Copa dos Campeões, a média de gols sofridos foi um pouco menor. Foram três em três jogos disputados.
A nova diretoria, que assumiu o comando do clube no final de maio -após o então candidato de oposição Marcelo Portugal Gouvêa derrotar Paulo Amaral nas eleições para presidente do São Paulo-, havia prometido a contratação de um "reforço de peso" para a defesa do São Paulo.
Ao reforçar o elenco são-paulino, deu ênfase à contratação de um zagueiro. O argentino Ameli foi contratado do Internacional como uma tentativa de reforçar o setor. O outro reforço para a defesa foi o lateral-esquerdo Jorginho Paulista, contratado a pedido do técnico Oswaldo de Oliveira.
Para o zagueiro Jean, que alternou a vaga de titular no primeiro semestre com Wilson, Reginaldo e Emerson, já há uma mudança de comportamento defensivo da equipe são-paulina.
"O Nelsinho [Baptista, ex-técnico do São Paulo] cobrava uma maior preocupação em se defender, o que não acontecia. Agora, o meio-campo e o ataque estão mais conscientizados de que têm de ajudar na marcação", analisa.
O argentino Ameli concorda com seu companheiro de zaga.
"Se o time não funcionar coletivamente, não adianta trazer os dois melhores zagueiros da Europa", exemplifica. "É a mesma coisa na frente. Não adianta trazer o Batistuta se o ataque não for abastecido", compara o zagueiro.
O técnico Oswaldo de Oliveira, durante a fase de preparação para o Brasileiro, chegou a testar dois esquemas defensivos. No primeiro, que deverá ser utilizado hoje, o volante Maldonado joga mais recuado, quase como um terceiro zagueiro -forma de atuar semelhante à implantada por Nelsinho no primeiro semestre. No segundo, o time joga com três na defesa, tendo o lateral-esquerdo Gustavo Nery improvisado na zaga, com Ameli fazendo a função de líbero.
"Eu aproveitei o tempo de treinamento para fazer simulações de jogo que eventualmente possam ocorrer", afirmou o treinador. Para ele, no entanto, o desempenho da defesa ainda não é a ideal.
"É preciso que haja uma articulação defensiva. Todos precisam participar. Uns, de maneira mais ativa. Outros, de forma mais periférica, conforme a situação."



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