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TÊNIS
Como o brasileiro, outros atletas que sofreram graves lesões enfrentam queda de rendimento no retorno ao esporte
Guga trilha inferno dos contundidos na volta às quadras
FERNANDO ITOKAZU
DA REPORTAGEM LOCAL
Gustavo Kuerten cumpre um
tormento comum para um tenista
que se recupera de uma grave
contusão e volta ao circuito.
A queda no ranking e a dificuldade em retomar o melhor nível
de jogo são normais para os tenistas que passam pela situação.
Guga, 25, sofreu uma artroscopia no quadril direito e ficou afastado do circuito por dois meses.
Vice-líder do ranking de entradas
antes da operação, deve ficar perto do 40º posto na segunda-feira.
Seu aproveitamento caiu para
60% -antes tinha 68,6%, mesmo
com o difícil início de carreira.
O caso do sueco Magnus Norman é muito similar ao de Guga.
Tiveram o mesmo tipo de operação e com o mesmo médico, mas
a situação do sueco foi mais grave.
Norman, 26, rival de Kuerten
pelo topo do ranking em 2000, foi
operado no quadril esquerdo em
agosto de 2001. Dono de 12 títulos,
voltou às quadras em fevereiro e
só venceu cinco vezes em 16 jogos.
O chileno Marcelo Ríos viveu o
melhor momento de sua carreira
em 1998, quando foi o primeiro
sul-americano a atingir o topo do
ranking e conquistou sete títulos.
Em 1999, já com dores na virilha, seu rendimento caiu e ele
venceu apenas três torneios. No
fim daquele ano, foi operado.
Após a cirurgia, Ríos, 27, foi
campeão três vezes, mas seu aproveitamento fica longe do de 98
(80%). Em 2000, atingiu 56%; em
2001, quando foi operado do tornozelo, 62%, e neste ano tem 58%.
Finalista em Wimbledon-98, o
australiano Mark Philippoussis,
25, reconstruiu os ligamentos do
joelho esquerdo em março de
2001 e jogou apenas 18 vezes no
ano. Como resultado, terminou
em 107º no ranking, após quatro
anos consecutivos entre os top 20.
Neste ano, ensaia recuperação.
Chegou às oitavas-de-final em
Wimbledon, quando acabou eliminado por outro ex-lesionado, o
campeão de Wimbledon-96, o
holandês Richard Krajicek, 31.
Ele passou por uma artroscopia
no joelho esquerdo em janeiro de
2000 e terminou o ano sem um título pela primeira vez desde 1991.
No ano passado, nova contusão.
Em março, foi operado no cotovelo direito e não jogou mais.
Nesta temporada, apresenta alguns bons resultados, como as
quartas-de-final em Wimbledon.
Kuerten, Norman, Ríos, Philippoussis e Krajicek ainda tentam
voltar à melhor forma.
Já o argentino Guillermo Cañas,
26, mostra que a volta por cima é
possível. Ele quase desistiu do tênis em 2000, por um problema no
pulso esquerdo, que o fez perder
quatro meses, e terminou o ano
como 227º do ranking.
Em 2001, já recuperado, Cañas
ganhou seu primeiro título, terminou como 15º e ganhou da ATP
o prêmio "A Volta do Ano".
Em 2002, obteve três títulos, é o
12º no ranking e o sétimo na Corrida dos Campeões, o que o qualifica para o Masters de Xangai.
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