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Escândalo em time ameaça emprego de Maurren Maggi
Saltadora integra a Rede Atletismo, que considera encerrar suas atividades por causa de doping sistemático na equipe
Na Rede desde o final de Pequim-08, atleta terá o contrato encerrado em setembro com pequenas chances de renová-lo
DA REPORTAGEM LOCAL
O maior caso de doping da
história do atletismo brasileiro
pode trazer consequências para a principal estrela do país no
esporte, Maurren Maggi.
Grande nome da delegação
brasileira que está em Berlim
para participar do Mundial de
atletismo, entre 15 e 23 de agosto, Maurren integra a Rede
Atletismo, equipe da qual fazem parte os atletas que foram
suspensos na última semana no
escândalo do doping.
Seu contrato termina em setembro deste ano e dificilmente será renovado após o Mundial, o que pode deixar a saltadora desempregada.
"Os contratos [com os atletas] vencem entre setembro e
outubro. Para falar a verdade,
não sabemos se vamos renovar
com ninguém. Ainda estamos
tentando assimilar o golpe", comentou Marcos Coreno, diretor técnico da Rede Atletismo,
cujo futuro continua incerto.
"Temos de definir quais serão as nossas prioridades. Ainda não sabemos como será o
nosso futuro depois desta bomba [o caso sistemático de doping]. Vamos definir alguma
coisa depois do Mundial."
Na última quinta-feira, Jorge
Queiroz de Moraes Junior, presidente da Rede Atletismo, admitiu acabar com a equipe.
"O fim do programa para
atletas profissionais me passa
pela cabeça. Com certeza, pelo
menos o investimento vai diminuir", declarou.
Maurren recebe hoje o maior
salário da equipe de alto rendimento. Estima-se que seu salário seja em torno de R$ 100 mil,
sem contar os prêmios. O orçamento mensal da Rede Atletismo é de R$ 600 mil.
Medalha de ouro no salto em
distância em Pequim-08,
Maurren Maggi trocou de equipe logo após a Olimpíada: deixou a BM&F, ao lado do treinador Nélio Moura, para se integrar à Rede Atletismo.
Na última semana, cinco
atletas foram flagrados com a
substância EPO (eritropoietina) após um exame antidoping
surpresa. Todos eram da Rede
Atletismo, treinados por Jayme Netto Jr.: Bruno Lins (200
m e 4 x 100 m), Jorge Célio (200
m e 4 x 100 m), Josiane Tito (4 x
400 m), Luciana França (400
m com barreiras) e Lucimara
Silvestre (heptatlo).
Os atletas foram suspensos
pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).
Após o escândalo, mais dois
atletas, igualmente treinados
por Netto Jr., admitiram ter recebido injeções com a mesma
substância: Evelyn Carolina
Oliveira Santos (4 x 100 m) e
Rodrigo Bargas (400 m).
Preventivamente, também
estão suspensos.
Dos 42 brasileiros que estão
em Berlim para o Mundial, 14
são da equipe Rede Atletismo.
A BM&F, ex-equipe de Maurren, tem 17 atletas.
Anteontem, apesar das baixas, a equipe masculina do 4 x
100 m chegou em segundo lugar no meeting disputado em
Cottbus, preparatório para o
evento de Berlim.
O quarteto brasileiro correu
com os velocistas Vicente Lenílson, Sandro Viana, Basílio de
Moraes e José Carlos Moreira.
Os americanos ficaram com o
primeiro lugar na prova.
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