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Geração rebelde
Visual arrojado dos jogadores de Mano escancara diferenças com os atletas "comportados" de Dunga
DO ENVIADO A NOVA JERSEY
Se vai ser melhor dentro de
campo, é preciso esperar.
Mas a seleção de Mano Menezes já estabeleceu uma diferença enorme em relação
àquela montada por Dunga.
Saem a "caretice" e o fervor religioso do time que fracassou na Copa da África para entrar um grupo cheio de
"estilo", com histórico recente de baladas e que não põe
Deus em qualquer assunto.
No último Mundial, o técnico Dunga não chamou
Adriano por seus excessos fora de campo, afastou na última hora o lateral André Santos pela fama de baladeiro e
não deu chances ao também
lateral Marcelo por considerá-lo muito deslumbrado.
Preferiu um grupo em que
quase metade era evangélica, sendo que alguns fervorosos, como Luisão, Lúcio, Felipe Melo e Kaká.
Tudo bem diferente do que
fez Mano Menezes na sua primeira convocação. O treinador gaúcho apostou no trio
Ganso, Neymar e André, que
chegou a ser afastado de um
jogo do Santos por atraso numa reapresentação. André
Santos foi trazido de volta.
Com o novo grupo, o torcedor brasileiro verá na seleção
menos camisetas com mensagens religiosas e discursos
mostrando a fé de cada um.
O número de evangélicos
agora é muito menor, e os
que que têm essa opção, como Neymar, estão longe do
estilo bom-moço de Kaká.
A própria CBF agiu para diminuir a influência evangélica na seleção brasileira. Funcionários ligados ao ex-auxiliar Jorginho, um dos líderes
religiosos da era Dunga, foram demitidos, incluindo alguns com funções que não
são de campo, como um câmera e até seguranças.
A "rebeldia" da nova equipe nacional aparece também
no visual. Na Copa da África
do Sul, o cabelo dos brasileiros ficava ou na cabeça raspada ou em cortes curtos.
Agora, existe o cabelo armado de David Luiz, o "black
power" de Marcelo, os moicanos de Neymar e André, os
longos cachos de Pato.
"Eu estava cansado de cabelo curto. Deixei crescer e
acabou ficando assim [parecido com o do pivô Anderson
Varejão, cuja cabeleira virou
célebre na NBA]. Meus pais
eram contra, mas agora gostam do estilo", disse David
Luiz, o zagueiro do Benfica.
Os novos integrantes do time nacional também desembarcaram nos EUA com roupas mais casuais do que seus
antecessores, e alguns chegaram ao hotel até no melhor
estilo celebridade, conduzidos pelas enormes limusines
típicas dos americanos.
Entre os quatro convocados por Mano que também
estiveram na Copa-2010 com
Dunga, existe respeito e palavras elegantes em relação ao
trabalho do ex-treinador.
"O saldo de Dunga é positivo. O trabalho foi muito benfeito. Agora é dar sequência", declarou o lateral direito Daniel Alves.
(PAULO COBOS)
NA TV
EUA x Brasil
21h Sportv
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