São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2011

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Mano ano 2

Seleção pega a Alemanha e busca reconstruir imagem após fracasso na Copa América

Eduardo Knapp/Folhapress
Mano Menezes comanda treino da seleção brasileira na Mercedes-Benz Arena

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A STUTTGART

Às 15h45 de hoje começa o segundo ano da era Mano Menezes na seleção brasileira. O amistoso contra a Alemanha representa uma dupla tarefa para treinador e time.
Primeiro, derrotar um adversário da elite do futebol mundial, algo que o Brasil foi incapaz de fazer nos últimos doze meses -fraquejou nas derrotas ante França e Argentina, por 1 a 0, e no empate sem gols com a Holanda.
Segundo, e não menos importante, reconstruir a imagem exibida na Copa América da Argentina, no mês passado. O Brasil ganhou apenas um dos quatro jogos que disputou e não venceu uma fase de mata-mata sequer.
Caiu ante o Paraguai, nas quartas de final, após desperdiçar todas as quatro cobranças na disputa de pênaltis.
Menos de um mês depois, com praticamente o mesmo grupo reunido, não se fala em "recomeço", mas em "continuidade". Mano acredita estar no caminho certo. E tem o respaldo do presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
"Nos jogos contra os adversários de ponta, não fomos controlados", argumentou.
E, com a polidez que lhe é habitual, rebateu críticas que recebeu. "Às vezes você fala e as pessoas não escutam, ou escutam menos, mas a gente sabe que não existe má vontade de ninguém", afirmou.
Dos 11 jogadores que formaram o time-base da Copa América, dez serão titulares hoje. A novidade é o volante Ralf, estreante, que substitui Lucas Leiva, suspenso.
Uma equipe bem parecida com a da estreia de Mano, há um ano, na convincente vitória por 2 a 0 sobre os EUA.
Nas 12 partidas da seleção nesse período, Mano acumulou seis vitórias, quatro empates e duas derrotas, 16 gols anotados e só seis sofridos.
Mas a defesa, sólida nos amistosos, tomou um gol por jogo na Copa América -em que os adversários foram Venezuela, Equador e Paraguai (duas vezes)- com erros dos veteranos Júlio César e Lúcio.
"Não deixo de ter confiança. Não é uma falha que vai abalar isso", disse o goleiro, que sabe da pressão por uma vitória sobre a Alemanha hoje. "Está na hora de ganhar de um adversário grande."
O ataque brasileiro, sempre badalado, passou em branco nos jogos "grandes": Argentina, Holanda, França e no mata-mata contra o Paraguai. Mano não vê motivo para grande preocupação.
"Momentaneamente estamos perdendo mais gols do que o normal, mas é certamente uma fase passageira", afirmou o técnico. "São jogadores experientes, que sempre fazem a escolha correta."
Apesar das cobranças e da falta de resultados, a três anos da Copa do Mundo do Brasil Mano ainda se mostra mais preocupado com a forma de jogar do que com os resultados. "Se for uma vitória sem mérito, eu não prefiro."

NA TV
Alemanha x Brasil
15h45 Globo, Sportv e Sportv HD


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