São Paulo, segunda, 10 de agosto de 1998

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CORTADA
Bye, bye, Negrão

CIDA SANTOS
Marcelo Negrão desembarca hoje na Itália com uma meta: voltar a ser o melhor atacante do mundo.
Nos próximos dois anos, vai defender o Piaggio/Roma. E ele já decidiu: mesmo se for convocado, não vai jogar no Mundial do Japão, em novembro. Seleção? Só na Olimpíada de 2000.
O jogador não admite publicamente, mas um dos motivos para essa decisão é a mágoa com o técnico Radamés Lattari.
No ano passado, ele e o treinador se desentenderam. Radamés queria que ele jogasse fora de sua posição: na ponta e passando. Negrão acabou pedindo dispensa e deixando a seleção.
O certo é que ele chega à Itália em plena forma. Depois de dois meses em Recife fazendo intenso trabalho físico, voltou aos 95 kg, mesmo peso que tinha em 92, quando foi campeão olímpico e eleito o melhor do mundo.
No Roma, ele jogará no time de Tofoli, Bracci, Bovolenta e do iugoslavo Vladi Grbic.

Na coluna de hoje, vale um espaço para a Argentina, onde o vôlei está fervendo.
A Federação Argentina de Vôlei (FAV) aumentou de US$ 15 mil para US$ 50 mil o teto da taxa de transferência dos atletas para clubes estrangeiros.
Os jogadores se revoltaram e ameaçaram não jogar os amistosos contra a Polônia, em setembro, e não disputar a Copa América, em outubro.
A mobilização dos atletas, que na Argentina são organizados e possuem uma associação, assustou os dirigentes. Hoje, tem uma reunião decisiva.
Na última sexta-feira, a FAV tentou um acordo. A proposta dos jogadores é que a taxa cobrada seja equivalente a 10% do valor do contrato. Os dirigentes já aceitam que esse percentual fique entre 12% e 13%.
Como na Argentina os clubes são donos dos passes, os atletas também reivindicam passe livre aos 28 anos.


E-mail:²cidasan@uol.com.br



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