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NATAÇÃO
Renovação do patrocínio da confederação depende dos resultados das urnas para a Presidência da República
Eleição deixa futuro do esporte indefinido
da Reportagem Local
A eleição para a Presidência da
República deixou a natação brasileira em posição de espera.
Sob o argumento de que o resultado da eleição pode modificar a
política de patrocínio das estatais,
os Correios renovaram só até novembro o contrato de patrocínio
com a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos).
A entidade encerrou ontem, em
São Paulo, a 38ª edição do Troféu
Brasil de Natação, em que se destacaram o brasileiro Fernando
Scherer e a holandesa Inge de
Bruijn (leia texto abaixo).
"Eles (os Correios) tomaram
essa medida por precaução. Há a
possibilidade de renovarmos por
dois anos. Mas temos que esperar
a eleição", disse Coaracy Nunes,
presidente da CBDA.
O contrato semestral com os
Correios garante à entidade R$ 1,2
milhão, mantendo a base do acordo anterior -o último contrato,
de um ano, era de R$ 2,4 milhões.
Enquanto espera, a CBDA, com
autorização da estatal, negocia um
co-patrocínio que, além de manter
a equipe nacional, permita tirar do
papel a "cidade da natação". O
projeto da entidade de construir o
centro de treinamento vem sendo
adiado há quatro anos.
"Essa ajuda da confederação é
uma segurança. Só não podemos
ficar esperando ou torcendo em
eleição. Se eu ficar sem esse dinheiro, não vou parar de nadar",
disse Alexandre Massura Neto, especialista nos 100 m costas e membro da equipe nacional.
A condição de nadador da seleção brasileira permite a ele -e aos
tops Fernando Scherer e Gustavo
Borges- uma gratificação mensal
de cerca de R$ 1,2 mil.
"Eu não me preocupo muito
com isso. O Coaracy sempre deu
um jeito de arrumar dinheiro. Não
vai ser diferente depois da eleição", disse o medalhista Gustavo
Borges.
(JOSÉ ALAN DIAS)
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