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FIA pune Alonso e Ferrari festeja grid
Apesar do 2º lugar, Schumacher celebra por ter ficado à frente do espanhol da Renault (10º), seu rival na luta pelo título
Kimi Raikkonen, que será anunciado pela escuderia italiana hoje, supera alemão por apenas dois milésimos
e larga na frente na Itália
Fatih Saribas/Reuters
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Com Schumacher ao fundo, Raikkonen
festeja 3ª pole no ano |
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A MONZA
Cena rara, Michael Schumacher perdeu uma disputa na
pista mas sorria ontem em
Monza. Porque viu Fernando
Alonso ficar bem para trás no
grid do GP da Itália. E porque, à
sua frente está um neo-aliado,
um dos outros dois personagens do anúncio mais aguardado dos últimos 13 anos na F-1.
Kimi Raikkonen, que hoje será confirmado como piloto ferrarista, superou o alemão por
dois milésimos de segundo. Foi
sua 11ª pole na categoria e a terceira no ano. A Schumacher,
coube o segundo posto.
Arqui-rival do alemão, Alonso, 12 pontos a mais no Mundial, fez o quinto tempo no treino, mas foi punido e sairá em
décimo. A FIA acatou protesto
da Ferrari e anulou as três melhores voltas do espanhol, que
teria bloqueado Felipe Massa
no fim da sessão.
A largada para o GP da Itália,
15ª etapa da temporada, acontece às 9h (de Brasília), com TV.
"Estou numa posição confortável. O grid não é ruim para
minhas pretensões no campeonato. É claro que é melhor ver o
Fernando atrás do que na frente", afirmou o alemão, que vive
hoje um dos momentos mais
importantes de sua vida.
Há exatos 45 dias, em 27 de
julho, em Hockenheim, a Ferrari prometeu revelar hoje seus
pilotos para a próxima temporada. O finlandês correrá e, assim, são três as combinações
possíveis: Raikkonen-Schumacher, Raikkonen-Massa ou
uma lista tríplice, adiando a decisão para o fim do ano.
A segunda hipótese decretaria a aposentadoria do piloto
mais vencedor da história da F-1. Daí, toda a expectativa.
Desde que Alain Prost anunciou que pararia, no fim de 93,
abrindo a cobiçada vaga na Williams, a categoria não falava
tanto sobre um anúncio. Na
ocasião, a imprensa especulou
durante meses até que o time
inglês enfim confirmasse a
contratação de Ayrton Senna.
Seguindo a linha que impôs
desde que pisou em Monza,
Schumacher não respondeu a
perguntas sobre seu futuro.
"O carro funcionou bem, foi
forte e consistente. É claro que
eu gostaria de estar na pole
aqui, na casa da Ferrari, mas
amanhã [hoje] será o dia mais
importante do fim de semana.
Seria ótimo se o resultado da
corrida fosse parecido com este, do treino", disse o alemão.
Seu atual companheiro não
estava tão sorridente. Pole e
vencedor da última etapa do
campeonato, o GP da Turquia,
Massa reclamou de Alonso.
"Perdi pelo menos três décimos de segundo no último trecho da minha melhor volta. Ele
tinha saído dos boxes, estava
aquecendo pneus e eu estava na
minha volta rápida. É claro que
ele tinha que abrir, falamos isso
em todas as reuniões dos pilotos", reclamou o brasileiro, antes da divulgação da punição.
Mérito da questão à parte,
fosse três décimos mais rápido,
Massa conquistaria o primeiro
posto: ficou a 0s220 do homem
que pode sucedê-lo no time.
Alonso negou ter deliberadamente atrapalhado o ferrarista.
E refutar a acusação não foi sua
única preocupação ontem à
tarde. No último bloco do treino, o pneu traseiro direito de
seu carro explodiu. Ao lado da
Michelin e da Renault, o espanhol buscava explicações e
mostrava receio para a prova.
Não bastasse isso, o piloto espanhol ainda está usando antiinflamatório para aliviar dores no joelho direito.
Nos bastidores, o mundo sabe há 45 dias, será um domingo
vermelho. Dentro da pista,
Schumacher imagina desde ontem, também pode ser.
GP da Itália
Globo, ao vivo, às 9h
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