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FUTEBOL
Atacante Guilherme marca e chora ao comemorar, mas time de Parreira cede empate e cai na tabela do Nacional
Corinthians tropeça contra o Figueirense
DIOGO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois minutos separaram o Corinthians e o atacante Guilherme
de superar seus "traumas".
O empate em 2 a 2 diante do Figueirense ontem à noite no Canindé foi ruim para o time do técnico Carlos Alberto Parreira, que
voltou a falhar na marcação, e serviu apenas de alento para o principal goleador corintiano.
Aos 36min do segundo tempo, a
bola foi cruzada para a área catarinense, o zagueiro Anderson cabeceou, a zaga do Figueirense falhou, e Guilherme empurrou para
o gol de Edson Bastos.
De joelhos, o atacante chorou,
abraçou todos os companheiros e
parecia acreditar que o gol -o
terceiro da noite- garantiria a vitória ao Corinthians e poderia
servir de "consolo" para o pior
momento de sua vida, como ele
mesmo descreveu nesta semana.
Na madrugada do último sábado, Guilherme se envolveu em um
acidente em Marília (SP), que deixou duas pessoas mortas e uma
gravemente ferida. O atleta dirigia
o carro que provocou o acidente.
Entretanto, quando ainda voltava para o gramado, após abraçar
Parreira, Guilherme viu a defesa
corintiana falhar e o atacante
Mendes ser derrubado por
Scheidt dentro da área.
Levando as mãos à cabeça, o
atacante voltou a ficar cabisbaixo
com o empate do Figueirense na
cobrança de pênalti convertida
pelo lateral Lino.
Guilherme foi escalado porque
disse a Parreira que teria condições emocionais. Durante o jogo,
o atacante recebeu 12 bolas
-acertou oito passes, errou outros três, fez quatro desarmes, recebeu uma falta, cometeu duas infrações e finalizou duas vezes.
Se para o atacante a noite não foi
boa, para o Corinthians tampouco. Os jogadores não conseguiram melhorar o desempenho defensivo da equipe e o ataque produziu poucas chances -características do time neste Brasileiro.
Com o empate, o Corinthians
caiu para a quinta colocação na
tabela do Brasileiro, com 28 pontos. O Figueirense é o 14º, com 21
pontos. Esse foi o segundo jogo
consecutivo que o time de Parreira não vence em casa (perdeu para o Santos), apesar de se manter
entre os oito melhores do torneio.
Mesmo com o volante Fabinho
atuando como terceiro zagueiro e
Gil recuando para auxiliar na
marcação no meio-campo, os corintianos não conseguiram apresentar uma boa performance defensiva, como queria Parreira.
A torcida que compareceu ao
Canindé protestou contra a presença de Scheidt entre os titulares.
E a defesa até que começou bem
a partida. Nos primeiros minutos,
só o Corinthians atacou.
Com o retorno de Rogério à lateral direita, o Corinthians voltou
a atacar pelos dois lados -sua
principal arma ofensiva- e não
demorou a chegar ao gol.
Aos 12min, Kléber cruzou para
a área. Rogério apareceu por trás
da zaga e, com um forte cabeceio,
abriu o placar para o Corinthians.
A boa performance dos paulistas parou por aí. O Figueirense começou a dominar o meio-campo.
Os meias Igor e Willian iniciavam
as jogadas e acionavam os laterais
catarinenses, que cruzavam para
a área ou arriscavam o chute de
longa distância.
Com essa estratégia, o Figueirense chegou a marcar aos 23min,
mas o zagueiro Cláudio estava
impedido no momento do chute.
Na segunda etapa, o time catarinense continuou melhor. Após
empatar a partida aos 17min, com
Mendes, e sofrer o segundo gol 19
minutos depois, o Figueirense
não se intimidou e empatou.
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