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Scolari faz proposta e
sonda futebol europeu
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
A definição sobre o futuro de
Luiz Felipe Scolari, 53, convidado
anteontem para assumir o México, só se dará em novembro. Antes disso, ele irá para a Europa,
onde espera receber proposta de
algum clube ou, de preferência, de
alguma seleção do continente.
Em reunião na Flórida (EUA)
com os dirigentes mexicanos,
Scolari apresentou ontem seu plano de trabalho e o custo que a federação teria com a comissão técnica indicada pelo brasileiro.
Ele não abre mão de levar pelo
menos três profissionais: um auxiliar técnico, um preparador físico e um preparador de goleiros.
Anteontem, em encontro de
três horas e meia, Alberto de la
Torre, presidente da federação
mexicana, ofereceu US$ 800 mil
por ano, mais prêmios por vitórias e metas cumpridas, para que
Scolari assumisse o departamento
de seleções da entidade.
Ele seria o responsável pelas categorias de base, pela equipe
olímpica, que poderá participar
dos Jogos de Atenas, em 2004, e
pela principal, que disputará as
eliminatórias para a Copa da Alemanha, que ocorre em 2006.
""O encontro de ontem foi mais
rápido", disse Acaz Felleger, assessor do treinador. ""Ele apresentou sua proposta, suas necessidades profissionais e pessoais e o
custo de seu trabalho e dos outros
integrantes da comissão técnica."
A resposta, segundo Felleger,
será dada em novembro. ""Por enquanto, ele está sem compromisso e avisou que não tem pressa para arrumar um novo emprego."
De acordo com a federação mexicana, seu corpo diretivo se reunirá hoje e amanhã para discutir o
pedido de Scolari e compará-lo
com os dos argentinos Ricardo
Lavolpe e Carlos Bianchi.
Hugo Sánchez, uma das principais estrelas da história do futebol
mexicano, defendeu ontem o nome de Bianchi, mas Alberto de la
Torre insiste que o melhor seria
Scolari. ""É batalhador e sabe formar uma equipe. Com tempo para trabalhar, pode fazer nosso futebol dar um salto de qualidade."
Depois dos dois encontros com
os mexicanos, Scolari volta ao
Brasil, onde deve chegar amanhã.
Em seguida, vai à Europa. Gilmar
Veloz, empresário amigo do treinador, teria agendado três encontros para ele -dois com dirigentes de federações européias, que
não quis revelar quais são.
Três dias antes da final da Copa
Coréia/Japão, Scolari deixou claro
o sonho de dirigir uma outra seleção. Mais tarde, mostrou preferência pelas seleções européias. A
partir da semana que vem, tenta
concretizar o sonho. Se não, pode
ir mesmo para o México.
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