São Paulo, quinta-feira, 10 de outubro de 2002

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Scolari faz proposta e sonda futebol europeu

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

A definição sobre o futuro de Luiz Felipe Scolari, 53, convidado anteontem para assumir o México, só se dará em novembro. Antes disso, ele irá para a Europa, onde espera receber proposta de algum clube ou, de preferência, de alguma seleção do continente.
Em reunião na Flórida (EUA) com os dirigentes mexicanos, Scolari apresentou ontem seu plano de trabalho e o custo que a federação teria com a comissão técnica indicada pelo brasileiro.
Ele não abre mão de levar pelo menos três profissionais: um auxiliar técnico, um preparador físico e um preparador de goleiros.
Anteontem, em encontro de três horas e meia, Alberto de la Torre, presidente da federação mexicana, ofereceu US$ 800 mil por ano, mais prêmios por vitórias e metas cumpridas, para que Scolari assumisse o departamento de seleções da entidade.
Ele seria o responsável pelas categorias de base, pela equipe olímpica, que poderá participar dos Jogos de Atenas, em 2004, e pela principal, que disputará as eliminatórias para a Copa da Alemanha, que ocorre em 2006.
""O encontro de ontem foi mais rápido", disse Acaz Felleger, assessor do treinador. ""Ele apresentou sua proposta, suas necessidades profissionais e pessoais e o custo de seu trabalho e dos outros integrantes da comissão técnica."
A resposta, segundo Felleger, será dada em novembro. ""Por enquanto, ele está sem compromisso e avisou que não tem pressa para arrumar um novo emprego."
De acordo com a federação mexicana, seu corpo diretivo se reunirá hoje e amanhã para discutir o pedido de Scolari e compará-lo com os dos argentinos Ricardo Lavolpe e Carlos Bianchi.
Hugo Sánchez, uma das principais estrelas da história do futebol mexicano, defendeu ontem o nome de Bianchi, mas Alberto de la Torre insiste que o melhor seria Scolari. ""É batalhador e sabe formar uma equipe. Com tempo para trabalhar, pode fazer nosso futebol dar um salto de qualidade."
Depois dos dois encontros com os mexicanos, Scolari volta ao Brasil, onde deve chegar amanhã. Em seguida, vai à Europa. Gilmar Veloz, empresário amigo do treinador, teria agendado três encontros para ele -dois com dirigentes de federações européias, que não quis revelar quais são.
Três dias antes da final da Copa Coréia/Japão, Scolari deixou claro o sonho de dirigir uma outra seleção. Mais tarde, mostrou preferência pelas seleções européias. A partir da semana que vem, tenta concretizar o sonho. Se não, pode ir mesmo para o México.


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