São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2007

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Clube tem suspeita sobre venda frustrada de Betão

DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do Corinthians suspeita de tentativa de fraude na negociação do zagueiro Betão para o Sochaux, da França, que não foi concretizada.
A transação com os franceses ocorreu entre julho e agosto e foi conduzida pelo ex-presidente do time Alberto Dualib, à época ainda no cargo.
O negócio, segundo divulgado pelo clube era de 900 mil (cerca de R$ 2,4 milhões). Os corintianos e o próprio jogador davam o acordo como certo.
Tanto que Betão viajou à França. Ao chegar lá, a surpresa: o acordo foi desfeito.
Várias versões foram ventiladas à época, mas o Corinthians descobriu que a transação não ocorreu porque um intermediário não recebeu comissão.
Isso porque, em meio à transação, Dualib se afastou da presidência. Ao realizar uma reunião de passagem do posto com Clodomil Orsi, presidente em exercício, e o vice Wilson Bento, o dirigente não contou nada sobre o caso de Betão.
Quando tomaram conhecimento da situação, os cartolas descobriram que havia a previsão de um pagamento a um intermediário. Orsi se recusou a assinar o cheque da comissão, e o negócio fracassou.
O jornal francês "L'Equipe" publicou que a transferência não se concretizou por Betão não ter o porte físico ideal para um zagueiro. O jogador, de 1,77 m e 83 kg, afirmou que não houve acerto financeiro.
O empresário dele, Cláudio Guadagno, afirmou só ter acertado as bases salariais do jogador, sem acompanhar a negociação entre os clubes.
"Mas foi ótimo que isso não tenha dado certo. O Sochaux está mal no campeonato, e o Betão não teria feito o gol da vitória contra o São Paulo."
Guadagno contou que a proposta do Sochaux foi trazida por um espanhol que se disse representante do clube, mas não soube dizer o nome dele.
Breno Tanure, que participou da negociação, declarou que um agente Fifa, que pediu, segundo ele, para não ter seu nome revelado, levou o negócio aos franceses e que estava previsto o pagamento de comissão. Ele negou, no entanto, que a transação tenha falhado porque o intermediário não recebeu o que lhe fora prometido.
Betão viajou para a França no dia 3 de agosto, liberado pelo então vice de futebol, Rubens Gomes. Ele também diz não ter participado da negociação. Mas chegou a tratar do tema em reunião do Conselho de Orientação no mesmo mês.
"Chamei o Betão e perguntei o que tinha acontecido. E ele me disse que não deu certo. A parte do Corinthians, quem liberou foi o Dualib." A Folha telefonou para o cartola, mas não o localizou. (EAR E PGA)


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