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Clube tem suspeita sobre venda frustrada de Betão
DA REPORTAGEM LOCAL
A diretoria do Corinthians
suspeita de tentativa de fraude
na negociação do zagueiro Betão para o Sochaux, da França,
que não foi concretizada.
A transação com os franceses
ocorreu entre julho e agosto e
foi conduzida pelo ex-presidente do time Alberto Dualib, à
época ainda no cargo.
O negócio, segundo divulgado pelo clube era de 900 mil
(cerca de R$ 2,4 milhões). Os
corintianos e o próprio jogador
davam o acordo como certo.
Tanto que Betão viajou à
França. Ao chegar lá, a surpresa: o acordo foi desfeito.
Várias versões foram ventiladas à época, mas o Corinthians
descobriu que a transação não
ocorreu porque um intermediário não recebeu comissão.
Isso porque, em meio à transação, Dualib se afastou da presidência. Ao realizar uma reunião de passagem do posto com
Clodomil Orsi, presidente em
exercício, e o vice Wilson Bento, o dirigente não contou nada
sobre o caso de Betão.
Quando tomaram conhecimento da situação, os cartolas
descobriram que havia a previsão de um pagamento a um intermediário. Orsi se recusou a
assinar o cheque da comissão, e
o negócio fracassou.
O jornal francês "L'Equipe"
publicou que a transferência
não se concretizou por Betão
não ter o porte físico ideal para
um zagueiro. O jogador, de 1,77
m e 83 kg, afirmou que não
houve acerto financeiro.
O empresário dele, Cláudio
Guadagno, afirmou só ter acertado as bases salariais do jogador, sem acompanhar a negociação entre os clubes.
"Mas foi ótimo que isso não
tenha dado certo. O Sochaux
está mal no campeonato, e o
Betão não teria feito o gol da vitória contra o São Paulo."
Guadagno contou que a proposta do Sochaux foi trazida
por um espanhol que se disse
representante do clube, mas
não soube dizer o nome dele.
Breno Tanure, que participou da negociação, declarou
que um agente Fifa, que pediu,
segundo ele, para não ter seu
nome revelado, levou o negócio
aos franceses e que estava previsto o pagamento de comissão. Ele negou, no entanto, que
a transação tenha falhado porque o intermediário não recebeu o que lhe fora prometido.
Betão viajou para a França
no dia 3 de agosto, liberado pelo então vice de futebol, Rubens Gomes. Ele também diz
não ter participado da negociação. Mas chegou a tratar do tema em reunião do Conselho de
Orientação no mesmo mês.
"Chamei o Betão e perguntei
o que tinha acontecido. E ele
me disse que não deu certo. A
parte do Corinthians, quem liberou foi o Dualib." A Folha telefonou para o cartola, mas não
o localizou.
(EAR E PGA)
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