São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 2008

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Veteranos Victor Ribas e Fábio Gouveia revisitam o Rio Surf Pro após 13 anos

GIULLIANA BIANCONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Treze anos se passaram desde que Kelly Slater, Sunny Garcia e Rob Machado, hoje surfistas consagrados, estiveram na praia da Barra para atuar no Rio Surf Pro, competição que, em 1995, foi a penúltima etapa do WCT, divisão de elite do esporte.
Dos surfistas que estiveram naquela edição, marcada pela vitória da zebra australiana Barton Lynch (ele derrotou na final o havaiano Garcia, que viria a ser campeão mundial dali a cinco anos)-, apenas dois veteranos podem ser vistos na edição do Rio Surf Pro que ocorre na praia do Arpoador desde ontem.
O fluminense Victor Ribas, 36, e o paraibano Fábio Gouveia, 39, ícones do surfe do país, não têm mais o fôlego da época, mas alimentam o mesmo desejo: retornar ao WCT.
Foram eles que obtiveram os dois melhores resultados do Brasil no principal circuito mundial do surfe. Em 1992, Gouveia ficou em quinto na classificação no WCT. Melhor que ele, só Ribas, que, em 1999, atingiu o terceiro lugar.
Agora, os dois buscam, através da divisão de acesso, o WQS, voltar a figurar na elite. "Quero correr mais um ano no WCT e depois parar de disputar o circuito", disse Gouveia.
Já Ribas, que esteve por 13 anos entre os melhores do mundo, ainda não pensa na aposentadoria. "Faço planos para voltar [à elite do surfe], mas não penso em quando vou parar", declarou à Folha.
Na praia do Arpoador, eles enfrentam garotos até 20 anos mais novos e sabem que são atração à parte no campeonato para os "novatos".
No Rio Surf Pro, que há oito anos havia sido suspenso do calendário do circuito, eles, assim como os novatos, têm a chance de somar pontos na divisão de acesso, o WQS.
Diferentemente de décadas anteriores, a competição no Rio agora já não faz parte do WCT, mas sim do WQS.
Ribas tem a esperança de ao menos repetir o feito de 95, quando foi o brasileiro mais bem colocado -quinto. Natural de Cabo Frio, falou estar confiante no título. Não terá, como em 95, campeões mundiais para superar. E venceu ontem sua primeira bateria.
"O surfe mudou. Os garotos investem em "floaters", e isso é valorizado pelos juízes. Nós, de outra época, temos uma linha mais clássica", disse Gouveia, que também avançou.


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