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Veteranos Victor Ribas e Fábio Gouveia revisitam o Rio Surf Pro após 13 anos
GIULLIANA BIANCONI
DA REPORTAGEM LOCAL
Treze anos se passaram
desde que Kelly Slater, Sunny
Garcia e Rob Machado, hoje
surfistas consagrados, estiveram na praia da Barra para
atuar no Rio Surf Pro, competição que, em 1995, foi a penúltima etapa do WCT, divisão de elite do esporte.
Dos surfistas que estiveram
naquela edição, marcada pela
vitória da zebra australiana
Barton Lynch (ele derrotou
na final o havaiano Garcia,
que viria a ser campeão mundial dali a cinco anos)-, apenas dois veteranos podem ser
vistos na edição do Rio Surf
Pro que ocorre na praia do Arpoador desde ontem.
O fluminense Victor Ribas,
36, e o paraibano Fábio Gouveia, 39, ícones do surfe do
país, não têm mais o fôlego da
época, mas alimentam o mesmo desejo: retornar ao WCT.
Foram eles que obtiveram
os dois melhores resultados
do Brasil no principal circuito
mundial do surfe. Em 1992,
Gouveia ficou em quinto na
classificação no WCT. Melhor
que ele, só Ribas, que, em
1999, atingiu o terceiro lugar.
Agora, os dois buscam, através da divisão de acesso, o
WQS, voltar a figurar na elite.
"Quero correr mais um ano no
WCT e depois parar de disputar o circuito", disse Gouveia.
Já Ribas, que esteve por 13
anos entre os melhores do
mundo, ainda não pensa na
aposentadoria. "Faço planos
para voltar [à elite do surfe],
mas não penso em quando
vou parar", declarou à Folha.
Na praia do Arpoador, eles
enfrentam garotos até 20
anos mais novos e sabem que
são atração à parte no campeonato para os "novatos".
No Rio Surf Pro, que há oito
anos havia sido suspenso do
calendário do circuito, eles,
assim como os novatos, têm a
chance de somar pontos na
divisão de acesso, o WQS.
Diferentemente de décadas
anteriores, a competição no
Rio agora já não faz parte do
WCT, mas sim do WQS.
Ribas tem a esperança de ao
menos repetir o feito de 95,
quando foi o brasileiro mais
bem colocado -quinto. Natural de Cabo Frio, falou estar
confiante no título. Não terá,
como em 95, campeões mundiais para superar. E venceu
ontem sua primeira bateria.
"O surfe mudou. Os garotos
investem em "floaters", e isso é
valorizado pelos juízes. Nós,
de outra época, temos uma linha mais clássica", disse Gouveia, que também avançou.
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