Os três que entram na frente na hora decisiva começam a ser ameaçados pelos que vêm por fora

FLUMINENSE, CRUZEIRO e Corinthians que se cuidem. E muito. Ainda mais o primeiro e o terceiro, excessivamente gentis de uns tempos para cá, como se não quisessem ser campeões, a exemplo do que, no ano passado, aconteceu com Palmeiras e com o São Paulo, por exemplo.
Tanto que mais de dez pontos atrás dos líderes ao faltarem dez rodadas, o Flamengo, que estava no sexto lugar ao entrar na reta final, acabou campeão brasileiro de 2009. Como o Fluminense acabou se salvando, apesar de estar em último, e o Coritiba caiu, embora estivesse, então, 12 pontos à frente do tricolor. Desnecessário lembrar, para não machucar, não ferir suscetibilidades, que o líder Palmeiras nem vaga na Libertadores conseguiu.
Pois agora mudou e quem sabe se o Palmeiras não terá força para ainda chegar à vaga que fugiu em 2009? E o Santos e o Grêmio, como terão ido ontem? Se deram sequência à arrancada que ensaiavam cada vez mais nitidamente, qual o limite deles? Imprevisível!
Voltemos aos três primeiros, mas sem essa de cavalos paraguaios, porque não são cavalos e os paraguaios merecem respeito. Aliás, em matéria de falsidade, a polêmica sobre o aborto mostra bem como são hipócritas os dois concorrentes à Presidência da República. Do Brasil, bem entendido. O Cruzeiro é que está em melhor situação, de garfo e faca para lanchar o Fluminense, no Parque do Sabiá. Resultado que será normal também do ponto de vista tricolor. Anormal será o Corinthians não ganhar do Atlético-GO, apesar de, depois da tantas anormalidades, ser difícil avaliar o que é razoável para o alvinegro.
Tudo isso para dizer que, muito mais rapidamente do que imaginava, não está mais aqui quem escreveu que o Brasileirão ficaria entre os três ponteiros. Porque as lesões, estas sim cientificamente previsíveis, desfiguraram alguns candidatos a tal ponto que a única certeza que se tem é a de que teremos rodadas emocionantes pela frente e que o campeão, a exemplo também do que se deu no ano passado, estará longe de ser inesquecível.

ELEMENTAR
Rubens Sampaio Neto, médico do Palmeiras, informa: a revista "American Journal of Sports Medicine" revela um aumento significativo do número de lesões quando se joga duas vezes por semana.
Convencionou-se reportar a incidência de lesões por mil horas de prática. Jogando uma vez por semana ocorrem 4,1 lesões/mil horas. Jogando duas vezes, este número aumenta para 25,6/mil horas.

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