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Farah já admite continuar na FPF
e condiciona seu futuro à reunião
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dia depois de causar alarde
anunciando sua saída da Federação Paulista de Futebol, o presidente da entidade, Eduardo José
Farah, demonstrou ontem que a
novidade pode não passar de
mais um factóide criado por ele.
Há 13 anos no cargo, Farah alegou estar cansado da vida de dirigente e garantiu que fica na FPF
só até dezembro. Disse ainda que
a entidade dará lugar a uma liga
estadual gerida pelos clubes.
Ao mesmo tempo, porém, condicionou o seu futuro ao desfecho
da sessão extraordinária da Assembléia Geral da entidade marcada para o próximo dia 14.
"O senhor vai mesmo deixar a
FPF?", questionou a Folha.
"Vou, estou cansado do futebol.
Mas não vou falar mais sobre esse
assunto até o dia 14. Posso até falar sobre o Campeonato Paulista",
respondeu o dirigente.
"Mas a realização e os moldes
do Paulista-2001 variam de acordo com sua permanência..."
"Depende da reunião do dia 14.
Posso até ficar mais um tempo depois de dezembro", complementou Farah, sem querer precisar
quanto tempo.
Ele insinuou que uma eventual
pressão dos presidentes de clubes
poderia fazê-lo voltar atrás, como
já ocorreu pelo menos uma vez,
em 93, em circunstâncias parecidas com as atuais. Na ocasião,
uma reportagem da "Veja São
Paulo" questionava o crescimento do patrimônio de Farah nos
primeiros anos de sua gestão.
Agora, a CPI da CBF/Nike, na
Câmara, deve aprovar a quebra
dos sigilos bancário e fiscal dos
presidentes de federações, além
de convocar Farah para depor.
"Não lembro o que eu comi ontem, como vou lembrar de 93?
Mas pergunte aos presidentes de
clubes quantas vezes eu já disse
que ia sair", disse ontem Farah,
dando a entender que já fora persuadido em outras ocasiões.
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