São Paulo, sexta-feira, 10 de novembro de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Brasil vira e joga agora por semifinal

Seleção feminina perde os dois primeiros sets, mas se recupera e elimina China no tie-break em partida emocionante

Após bater algoz de 2002 e manter invencibilidade, time tem duas chances, a 1ª na próxima madrugada, para avançar no Mundial

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Motivada, favorita e, enfim, completa, a seleção brasileira precisa de apenas uma vitória em duas partidas (ou nem isso) para chegar às semifinais do Mundial de vôlei do Japão.
A primeira chance será amanhã, às 5h, diante da Alemanha. O cenário animador foi pintado no mais disputado e dramático jogo do campeonato. Após perder os dois primeiros sets (24/26 e 20/25), o time do técnico José Roberto Guimarães marcou 25/21 e 25/16 e provocou o tie-break, como ocorrera no duelo entre as duas seleções no último Mundial.
Mas, desta vez, foi o Brasil que tirou do adversário a chance de brigar por medalha. Um bloqueio de Fabiana, símbolo da recuperação da equipe, fechou o jogo em 19/17, após uma hora e 57 minutos.
"O resultado nos dá muita força e mostra que o time sabe lutar, sabe brigar com muita garra", disse Zé Roberto. "Precisamos ressaltar o grupo. Quem entrou foi bem. Essa é a força desta seleção", ressaltou o treinador, que ontem só não usou Paula Pequeno.
A forma como o Brasil construiu a vitória ontem também deixou o técnico mais aliviado. A levantadora Fofão, que se recupera de lesão na perna, atuou, e bem, nos últimos quatro sets. Sua principal arma foi Fabiana, de volta após amargar os últimos jogos de molho por causa de dores no abdome.
As duas começaram na reserva, mas logo foram acionadas. "Voltar em um jogo como esse e virar o placar é muito especial", disse a levantadora. Fofão entrou no lugar de Carol e tinha como missão distribuir melhor as jogadas. Para pôr Fabiana, Zé Roberto sacou Carol Gattaz, destaque no jogo anterior. A jogadora ouviu do técnico ordens para atacar as bolas pelo meio, que não estava tão bem marcado pelas chinesas, atuais campeãs olímpicas.
"Não coloquei a Fabiana porque a Carol estava mal. Foi mais uma mudança tática. A Fabiana é uma das melhores do mundo na função", afirmou Zé Roberto, cuja equipe não deve ter trabalho para obter a vaga diante da Alemanha.
O time europeu, com duas derrotas, é o único que ainda pode incomodar Brasil e Rússia no caminho às semifinais. As duas seleções seguem invictas e, no domingo, devem decidir a primeira colocação do Grupo F.
Graças à virada sobre a China, no entanto, o Brasil pode até perder os dois jogos e, com uma combinação de resultados, ainda se manter na disputa.


NA TV - Brasil x Alemanha
Globo e Sportv, às 5h de amanhã

BRASIL - Sheilla (16 pontos), Carol, Walewska (18), Carol Gattaz, Jaqueline (21), Mari (4), Fabi, Fofão (1), Renatinha (3), Sassá (8), Fabiana (14);
CHINA - Lui (3), Wang (26), Feng (6), Yang (19), Zhou (7), Xu (11), Zhang, Chu (1), Shan Li, Juan Li, Nina Shon e Pin Zhang (1)



Texto Anterior: Xico Sá: Saudade do mata-mata
Próximo Texto: Frases
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.