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Ex-colega do são-paulino Souza vira herói na Coréia
DA REPORTAGEM LOCAL
Souza e Zé Carlo jogaram
juntos nos campinhos da periferia de Maceió. O primeiro
tornou-se um dos principais
nomes do São Paulo na conquista do Brasileiro e já ganhou
o Mundial de Clubes, em 2005.
O segundo consagrou-se ao
classificar um time coreano para o torneio no Japão.
Enquanto o conterrâneo brilhava na Libertadores, Zé Carlo
transformava-se em herói na
Copa dos Campeões da Ásia.
Atuando pelo Jeonbuk Motors,
ele foi decisivo na conquista da
competição que classificou seu
time para o campeonato intercontinental deste ano.
Aos 23 anos, o atacante teve
noite memorável no último dia
8 de novembro. Na decisão contra o Al Karama, da Síria, o placar mostrava 2 a 0 a favor do time do Oriente Médio, que atuava em casa. O Jeonbuk tinha
vencido pelo mesmo placar a
na primeira partida, na Coréia.
O resultado levaria a partida
para a prorrogação. Aos 42min
da etapa final, Zé Carlo marcou
o gol que definiu o título da
competição. "Foi o mais importante da minha vida."
Na volta para a Coréia, houve
recepção de gala no aeroporto,
com direito a cumprimentos do
prefeito de Jeonju. "Nunca tinha visto aquilo na Coréia."
Zé Carlo foi descoberto por
Peu, ex-meia do Flamengo da
década de 80, e passou por Corinthians-AL e CRB antes de
ser levado por um empresário
para o Porto, quando tinha 18
anos. Voltou ao CRB antes de ir
pela primeira vez à Coréia, para
o Ulsan Horang. Retornou ao
Brasil no final de 2005 e jogou
na Ponte Preta. Em seguida, fez
nova viagem à Ásia, dessa vez
para atuar pelo Jeonbuk.
Apesar de se dizer adaptado à
Coréia, onde vive com a mulher
e a filha de dois anos, Zé Carlo
não vê a hora de voltar.
"Mas tenho medo porque sei
que no Brasil apenas os grandes
times pagam em dia. Aqui, eu
tenho segurança, o meu salário
é bom e posso ajudar minha família", afirma o atacante.
Fã de Romário, ele diz ter características diferentes das do
Baixinho. "O Estevam [Soares,
ex-técnico da Ponte Preta] falava que eu parecia muito com o
Grafite. Mas acho que tenho
mais a ver com o Aloísio Chulapa", brinca. E quanto ao sonho
de jogar contra Ronaldinho e
seu Barcelona? "Primeiro, tem
o América. Uma coisa de cada
vez", pondera.0
(RC)
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