São Paulo, domingo, 10 de dezembro de 2006

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Ex-colega do são-paulino Souza vira herói na Coréia

DA REPORTAGEM LOCAL

Souza e Zé Carlo jogaram juntos nos campinhos da periferia de Maceió. O primeiro tornou-se um dos principais nomes do São Paulo na conquista do Brasileiro e já ganhou o Mundial de Clubes, em 2005. O segundo consagrou-se ao classificar um time coreano para o torneio no Japão.
Enquanto o conterrâneo brilhava na Libertadores, Zé Carlo transformava-se em herói na Copa dos Campeões da Ásia. Atuando pelo Jeonbuk Motors, ele foi decisivo na conquista da competição que classificou seu time para o campeonato intercontinental deste ano.
Aos 23 anos, o atacante teve noite memorável no último dia 8 de novembro. Na decisão contra o Al Karama, da Síria, o placar mostrava 2 a 0 a favor do time do Oriente Médio, que atuava em casa. O Jeonbuk tinha vencido pelo mesmo placar a na primeira partida, na Coréia.
O resultado levaria a partida para a prorrogação. Aos 42min da etapa final, Zé Carlo marcou o gol que definiu o título da competição. "Foi o mais importante da minha vida."
Na volta para a Coréia, houve recepção de gala no aeroporto, com direito a cumprimentos do prefeito de Jeonju. "Nunca tinha visto aquilo na Coréia."
Zé Carlo foi descoberto por Peu, ex-meia do Flamengo da década de 80, e passou por Corinthians-AL e CRB antes de ser levado por um empresário para o Porto, quando tinha 18 anos. Voltou ao CRB antes de ir pela primeira vez à Coréia, para o Ulsan Horang. Retornou ao Brasil no final de 2005 e jogou na Ponte Preta. Em seguida, fez nova viagem à Ásia, dessa vez para atuar pelo Jeonbuk.
Apesar de se dizer adaptado à Coréia, onde vive com a mulher e a filha de dois anos, Zé Carlo não vê a hora de voltar.
"Mas tenho medo porque sei que no Brasil apenas os grandes times pagam em dia. Aqui, eu tenho segurança, o meu salário é bom e posso ajudar minha família", afirma o atacante.
Fã de Romário, ele diz ter características diferentes das do Baixinho. "O Estevam [Soares, ex-técnico da Ponte Preta] falava que eu parecia muito com o Grafite. Mas acho que tenho mais a ver com o Aloísio Chulapa", brinca. E quanto ao sonho de jogar contra Ronaldinho e seu Barcelona? "Primeiro, tem o América. Uma coisa de cada vez", pondera.0 (RC)


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