São Paulo, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

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Ronaldinho divide comando alviverde

PALMEIRAS Palaia confirma interesse no craque, mas presidente Belluzzo desdenha intenção de contratá-lo

BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

Salvador Hugo Palaia, vice-presidente, diz que Ronaldinho é um sonho e que o clube trabalha para contratá-lo. No dia seguinte, o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo afirma que tudo não passa de um "factoide".
O assunto Ronaldinho, que realmente recebeu uma proposta do Palmeiras, segundo apurou a Folha, divide as duas principais figuras políticas do clube, que terá eleições em um mês.
"É um sonho que poderá ser realizado. Já trabalhamos para isso. Tanto Adriano como Ronaldinho Gaúcho", afirmou Palaia, candidato à presidência, anteontem, para a rádio Bandeirantes.
O vice-presidente é um dos maiores entusiastas da contratação do jogador do Milan.
Pessoas ligadas ao cartola dizem que ele anda afirmando que, tendo dinheiro ou não, o Palmeiras pretende repatriá-lo. E afirmam que Palaia diz que tiraria dinheiro do próprio bolso para trazer o meia-atacante do Milan.
Ontem, porém, Belluzzo, que deixará o cargo e não concorrerá à reeleição, afirmou à Folha que Ronaldinho não será contratado.
"Isso tudo é uma espécie de factoide. Não tem nada acontecendo, inventaram isso", disse o mandatário.
O fato é que a engenharia financeira do Palmeiras para repatriar Ronaldinho já está montada. A venda do patrocínio das mangas é considerada a principal maneira de fazer essa contratação.
Seria uma ação semelhante à que levou Ronaldo ao Corinthians. Acreditam que, com o astro, atrairiam novos investidores ao clube.
Inclusive ocorreria ontem uma reunião entre o próprio Belluzzo, o diretor de futebol do clube, Wlademir Pescarmona, e Assis, irmão e agente de Ronaldinho. O encontro, no entanto, foi adiado pela segunda vez.
A oposição torce o nariz para a ideia. Acredita que há outras prioridades, como pagar o que há de atrasado ao atual elenco. Muitos conselheiros, alguns da situação, enxergam a negociação como uma cena eleitoreira.


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