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Ferrari abre duelo e leva afagos
Massa ressalta sua interação com o time; Raikkonen alfineta ex-equipe e elogia clima tranqüilo
Escuderia disse que pilotos
apresentados oficialmente
ontem terão igualdade de
condições para buscar o
título do Mundial de F-1
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A MADONNA DI
CAMPIGLIO
Rivais na pista, companheiros de time fora dela, Felipe
Massa e Kimi Raikkonen falaram ontem pela primeira vez
como a dupla da Ferrari para
esta temporada da F-1.
O brasileiro, 25, em seu segundo ano como titular da
equipe, fez questão de assumir
o posto de veterano do dueto.
Já o finlandês, que chega para substituir Michael Schumacher, adotou um discurso duro,
crítico, mas ao mesmo tempo
fez questão de afagar os italianos, abrindo sua entrevista
com um "buon giorno a tutti"
(bom dia a todos, em italiano).
"Cheguei sem nunca ter guiado um carro competitivo. Era
perfeitamente normal a equipe
dar mais atenção para o Michael. Aprendi muito e fui muito bem tratado", disse Massa.
"Agora será diferente. Participei de todos os treinos e tenho certeza de que posso ser
competitivo e de que terei papel importante", afirmou ele,
quatro anos de F-1, que tem como melhor resultado em Mundiais o terceiro lugar de 2006.
Sob contrato com a McLaren
até o último dia 31, Raikkonen
ainda não testou com a Ferrari.
"Sei que os torcedores têm
muitas expectativas com os pilotos da Ferrari, mas vai ser a
mesma coisa para mim: vou fazer o melhor, tentar vencer corridas e títulos", declarou.
"Não vou mudar meu jeito.
Sempre vai ter quem me ame
ou me odeie. O importante é fazer o melhor. Não acho, por
exemplo, que se eu tivesse mudado algo no ano passado as
coisas teriam sido diferentes. O
carro da McLaren não era bom
o suficiente", alfinetou ele,
quinto colocado em 2006.
Conhecido pelo estilo frio
(seu apelido é "Ice Man", homem de gelo em inglês), Raikkonen, 27, afirmou que gostou
do que já conheceu na Ferrari.
"Achei a atmosfera mais relaxada e tranqüila do que a da
McLaren. As pessoas são fáceis
de trabalhar e parece uma família", disse ele, seis anos na F-1 e duas vezes vice-campeão.
Sobre as inevitáveis comparações com o antecessor, foi claro: "Não sou o Schumacher, e o
time não espera que eu seja".
Jean Todt, principal homem
da Ferrari, já disse que a dupla
terá igualdade de condições para buscar o título, diferentemente da era Schumacher.
Ontem, Massa, que deve ganhar um terço do salário do
finlandês, reforçou a idéia.
"Temos dois jovens pilotos e
nenhum campeão, então é justo que os dois sejam tratados da
mesma maneira."
A jornalista TATIANA CUNHA viaja a convite da
Ferrari
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