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FUTEBOL
Igualdades no placar ficam mais raras na volta dos times mais fortes
Empates são derrotados no Paulista com os grandes
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
O empate entre São Paulo e Portuguesa Santista anteontem, no
Morumbi, foi uma zebra. O São
Paulo era amplo favorito, mas só
o fato de o jogo ter acabado com
igualdade no placar pode ser visto
como inesperado neste Paulista.
Após quatro rodadas e 35 jogos
no Estadual de São Paulo, foram
registrados apenas seis empates.
O índice de empates caiu bastante
em relação ao ano passado, quando os grandes ficaram fora -o
chamado "Trio de Ferro" atuou
só no Supercampeonato Paulista.
No Paulista-2002, 26,5% dos jogos terminaram empatados. Neste ano, só 17,1% das partidas acabam com igualdade no marcador.
Esse índice, comparado aos números dos principais campeonatos nacionais europeus, é bem pequeno -todos esses registram
pelo menos 25% de empates.
Sem confrontos entre os grandes até agora, o Paulista vê, em
média, um empate a cada seis jogos -em 2002, a média seria um
empate a cada quatro partidas.
Em alguns casos, o que se vê é
uma grande disparidade técnica
entre as equipes. No Grupo 2, por
exemplo, Juventus e Internacional perderam todas as suas partidas e levaram humilhantes goleadas por 6 a 0 -a equipe de Limeira já trocou de técnico, mas perdeu o último jogo por 5 a 1.
Apenas um time empatou mais
de uma vez: o Rio Branco (2 a 2
com o Mogi Mirim e 1 a 1 com o
União Barbarense, ambos os jogos fora de casa). O Paulista-03
até começou com um empate (2 a
2 entre Santo André e Santos),
mas o torneio viu uma rodada inteira, a terceira, não registrar
igualdades no marcador.
Desde que os torneios em todo
o mundo passaram a adotar três
pontos por vitória, os empates começaram a ser menos valorizados. Como o Paulista agora é curto -a fase de classificação tem
seis rodadas-, a chance de um
empate ser fatal é bem maior.
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