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JUDÔ
Após ter o pior desempenho no Torneio de Paris desde 99, CBJ vê 2ª chance de justificar seu maior investimento olímpico
Brasil envia novo time à Europa para apagar maior fiasco
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
No final de dezembro, a Confederação Brasileira de Judô anunciou um investimento recorde
-R$ 465 mil- na preparação
olímpica, visando um desempenho inédito nos Jogos de Atenas.
O plano, que envolve o envio de
duas equipes para a disputa do
Circuito Europeu -série de torneios internacionais naquele continente-, está na metade e os resultados, até agora, ficaram
aquém do esperado.
O primeiro time, composto pelos vencedores da primeira final
da seletiva olímpica e que disputou duas competições, volta com
apenas quatro bronzes -três femininos e um masculino.
O segundo grupo, composto pelos judocas derrotados na etapa
inicial da seletiva que define os titulares em Atenas, embarca hoje
com o objetivo de superar essa
marca nos torneios de Hamburgo
(Alemanha), Budapeste (Hungria) e Leonding (Áustria).
O presidente da CBJ, Paulo
Wanderley, minimizou o fato de o
Brasil ter tido o pior resultado no
Torneio de Paris nos último cinco
anos -um bronze, obtido por
Danielle Zangrando- e destacou
o nível técnico da competição.
"Para os europeus, essas competições valem como pré-olímpicos. Os adversários vieram com
força total. Prefiro perder em Paris e ganhar na Olimpíada", declarou o dirigente, que considerou
positivo o fato de o Brasil ter terminado a competição no 16º lugar, empatado com Cuba.
Rogério Sampaio, ex-judoca e
técnico da seleção que embarca
hoje, diz que, em termos de resultados, "foi pouco no masculino".
Mas ressaltou que as viagens
não buscam só medalhas. "No
Circuito Europeu, mais importante que vencer é fazer um grande número de lutas. É fundamental que os judocas usem o intercâmbio para identificar as deficiências e corrigi-las para a Olimpíada", completou.
Questionado sobre possíveis
correções de rumo na segunda
metade do circuito, Sampaio foi
evasivo: "Não tive contato com a
comissão técnica que está lá. Assim, fica difícil falar sobre mudanças no planejamento".
Mas ele aposta na experiência
de Fúlvio Miyata, Branco Zanol e
Mario Sabino para sua equipe superar os resultados do primeiro
time, cujos destaques eram Daniel Hernandes, Henrique Guimarães, Flávio Canto, Vânia Ishii
e Edinanci Silva -os três últimos
trazem um bronze na bagagem.
Enquanto isso, os críticos não
perdoam. O ex-dirigente Joaquim
Mamede ironizou o recorde negativo: "A nova administração assumiu falando que mudaria tudo.
Mudou. Os resultados provam".
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