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MEMÓRIA
Ao fechar acordo, CBF descartou unir futebol ao álcool
DA REPORTAGEM LOCAL
A vinculação da imagem da
seleção à de cerveja motivou
dúvidas desde a assinatura do
contrato entre a CBF e a AmBev, há quase quatro anos.
Quando anunciou a parceria,
em março de 2001, Ricardo Teixeira, presidente da confederação, declarara que não gostaria
de ver a imagem da equipe nacional ligada às bebidas alcoólicas, restrição que não consta no
contrato de patrocínio.
Três meses mais tarde, após a
Folha revelar que uma das
cláusulas do acordo dá à empresa o direito de explorar os
uniformes do time com logomarcas de qualquer um de seus
produtos, Mauro Silva, na época cotado para ser o capitão da
seleção na Copa, reclamou do
acordo, gerando a primeira crise interna da "Família Scolari".
Disse que os jogadores deveriam ser consultados antes de
posarem como garotos-propaganda de cerveja e arrematou
"não quero ser filmado ou fotografado com um copo ou garrafa de cerveja na mão".
No início do ano passado,
Ronaldo foi. O atacante do Real
Madrid, artilheiro da Copa para a qual Mauro Silva não foi
convocado, estrelou um comercial de uma das marcas de
cerveja da AmBev e tornou-se
alvo de críticas.
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