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FUTEBOL
Com um a mais desde o 1º tempo, time não saiu do 0 a 0 com o Guarani
Santos pára, perde a ponta, e Oswaldo já ouve "burro"
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi com um empate em casa,
contra a Portuguesa Santista, na
quarta rodada, que o Santos deixou de ser líder do Paulista pela
primeira vez. E ontem, com nova
igualdade na Vila Belmiro, a equipe perdeu a oportunidade de voltar à ponta do Estadual.
Mesmo com um jogador a mais
desde o final do primeiro tempo,
não saiu do 0 a 0 com o Guarani e
deixou de anotar mais dois pontos na classificação.
O resultado, que deixa o time na
segunda colocação, com 14 pontos -dois a menos que o líder
São Paulo- frustrou a torcida,
que dirigiu sua indignação para o
técnico Oswaldo de Oliveira.
A partir da metade até o fim do
segundo tempo, o treinador ouviu os gritos de "burro, burro"
que partiam das arquibancadas.
Aos jogadores, restou lamentar
a chance de voltar ao primeiro
posto perdida. "Não sei o que
aconteceu", disse o lateral-esquerdo Léo, que comentou os
xingamentos ao técnico. "Não
adianta a torcida reclamar. Tem
dia que não vai."
E não foi por falta de tentar que
o Santos ficou sem anotar gols.
Desde o início do primeiro tempo
a equipe da Baixada exerceu uma
marcação no campo de ataque.
Com isso, a saída de bola do Guarani ficou comprometida.
Sem Robinho, que defendeu anteontem a seleção na Ásia, Ricardinho caía mais pela esquerda e se
aproximava da área adversária. O
meia Rossini tinha a função de ligar a defesa e o ataque santistas.
Os zagueiros do time de Campinas tinham dificuldade de sair
trocando passes e eram obrigados
se livrar da bola, com chutões para a frente. O Guarani pouco
ameaçou o goleiro Henao, que
ontem estreou como titular.
Quando tinha a posse de bola, a
equipe do técnico Oswaldo de
Oliveira atacava pelas laterais, sobretudo pela esquerda, com Léo.
A pressão santista aumentou
depois que o Guarani teve expulso, aos 36min, o volante Serginho
-já tinha amarelo e entrou duro
em Rossini. Mas A supremacia
não foi transformada em gols na
etapa inicial -Basílio chegou a
marcar, aos 26min, num rebote
do goleiro Jean, mas o árbitro
anulou, alegando impedimento.
Para estancar o ímpeto do rival
e compensar a desvantagem de
ter um jogador a menos, o Guarani usava as faltas. Só no primeiro
tempo, a equipe do técnico Jair
Piocerni cometeu 23 infrações,
contra oito do Santos.
A equipe da casa também pecava nas finalizações. Na primeira
etapa, o time tentou nove vezes o
arremate, mas acertou a direção
em apenas duas oportunidades.
No segundo tempo, a ordem para os santistas era simples: "Tem
que pressionar. Com um a mais é
o que precisamos fazer agora", resumiu o atacante Deivid, pouco
antes do início da etapa final.
O Santos de fato conseguiu aumentar a pressão, mas continuou
com problemas na finalização. No
jogo todo, foram 26 chutes a gol,
mas apenas cinco certos.
Ao Guarani restava o contragolpe. A equipe do interior chegou a
encaixar alguns contra-ataques,
mas, com apenas o atacante Roncatto à frente, não chegou a ameaçar o Santos. Conseguiu pelo menos segurar o 0 a 0.
Agora o Santos tenta a recuperação diante de um embalado Corinthians -tem quatro vitórias
seguidas- no clássico de domingo, na Vila Belmiro.
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