São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

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FUTEBOL

Com um a mais desde o 1º tempo, time não saiu do 0 a 0 com o Guarani

Santos pára, perde a ponta, e Oswaldo já ouve "burro"

DA REPORTAGEM LOCAL

Foi com um empate em casa, contra a Portuguesa Santista, na quarta rodada, que o Santos deixou de ser líder do Paulista pela primeira vez. E ontem, com nova igualdade na Vila Belmiro, a equipe perdeu a oportunidade de voltar à ponta do Estadual.
Mesmo com um jogador a mais desde o final do primeiro tempo, não saiu do 0 a 0 com o Guarani e deixou de anotar mais dois pontos na classificação.
O resultado, que deixa o time na segunda colocação, com 14 pontos -dois a menos que o líder São Paulo- frustrou a torcida, que dirigiu sua indignação para o técnico Oswaldo de Oliveira.
A partir da metade até o fim do segundo tempo, o treinador ouviu os gritos de "burro, burro" que partiam das arquibancadas.
Aos jogadores, restou lamentar a chance de voltar ao primeiro posto perdida. "Não sei o que aconteceu", disse o lateral-esquerdo Léo, que comentou os xingamentos ao técnico. "Não adianta a torcida reclamar. Tem dia que não vai."
E não foi por falta de tentar que o Santos ficou sem anotar gols. Desde o início do primeiro tempo a equipe da Baixada exerceu uma marcação no campo de ataque. Com isso, a saída de bola do Guarani ficou comprometida.
Sem Robinho, que defendeu anteontem a seleção na Ásia, Ricardinho caía mais pela esquerda e se aproximava da área adversária. O meia Rossini tinha a função de ligar a defesa e o ataque santistas.
Os zagueiros do time de Campinas tinham dificuldade de sair trocando passes e eram obrigados se livrar da bola, com chutões para a frente. O Guarani pouco ameaçou o goleiro Henao, que ontem estreou como titular.
Quando tinha a posse de bola, a equipe do técnico Oswaldo de Oliveira atacava pelas laterais, sobretudo pela esquerda, com Léo.
A pressão santista aumentou depois que o Guarani teve expulso, aos 36min, o volante Serginho -já tinha amarelo e entrou duro em Rossini. Mas A supremacia não foi transformada em gols na etapa inicial -Basílio chegou a marcar, aos 26min, num rebote do goleiro Jean, mas o árbitro anulou, alegando impedimento.
Para estancar o ímpeto do rival e compensar a desvantagem de ter um jogador a menos, o Guarani usava as faltas. Só no primeiro tempo, a equipe do técnico Jair Piocerni cometeu 23 infrações, contra oito do Santos.
A equipe da casa também pecava nas finalizações. Na primeira etapa, o time tentou nove vezes o arremate, mas acertou a direção em apenas duas oportunidades.
No segundo tempo, a ordem para os santistas era simples: "Tem que pressionar. Com um a mais é o que precisamos fazer agora", resumiu o atacante Deivid, pouco antes do início da etapa final.
O Santos de fato conseguiu aumentar a pressão, mas continuou com problemas na finalização. No jogo todo, foram 26 chutes a gol, mas apenas cinco certos.
Ao Guarani restava o contragolpe. A equipe do interior chegou a encaixar alguns contra-ataques, mas, com apenas o atacante Roncatto à frente, não chegou a ameaçar o Santos. Conseguiu pelo menos segurar o 0 a 0.
Agora o Santos tenta a recuperação diante de um embalado Corinthians -tem quatro vitórias seguidas- no clássico de domingo, na Vila Belmiro.


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