São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Tevez marca dois em sua estréia na "casa" corintiana

Fernando Santos/Folha Imagem
O corintiano Tevez festeja o primeiro de seus dois gols ontem


DA REPORTAGEM LOCAL

O Pacaembu se transformou em território argentino ontem à noite para receber Carlitos Tevez. Em seu primeiro jogo no estádio, que é a casa corintiana, ele foi saudado com o hino do clube tocado ao ritmo de tango, o mais popular estilo musical de seu país.
E brindou os mais de 26 mil torcedores com dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Rio Branco. Ele comandou a quarta vitória seguida da equipe, que ocupa agora o quarto lugar no Paulista-2005.
Para brilhar, contou com um escudeiro importante: o meia Dinélson, peça-chave do esquema 4-4-2 do técnico Tite. Foi dele o segundo gol corintiano, que permitiu a Tevez dar seqüência ao seu show particular.
Com o time ofensivo, Tite não ouviu vaias nem gritos de burro ou retranqueiro, como no jogo com o América, em que usou o 3-5-2. Mas começou levando um susto quando o árbitro Rodrigo Bragheto não marcou pênalti de Marinho em Marcos Paulo, que pouco depois ajudaria o Corinthians a obter sua segunda vitória por mais de um gol neste ano.
Ele saiu jogando mal, Jô roubou a bola e lançou Tevez. O atacante invadiu a área e chutou rasteiro, a bola desviou no zagueiro e entrou no canto direito de Magrão, aos 12min. O argentino foi até o banco e abraçou Coelho, um de seus melhores amigos no elenco.
Após o gol, Tevez incendiou o jogo. Driblou, gritou com companheiros que não lhe passaram a bola e reclamou com o juiz.
E o Corinthians passou a jogar com facilidade. Em toques rápidos e envolventes, o time criava chances e as desperdiçava.
Em cruzamento de Edson, Carlos Alberto e Jô furaram na frente do gol. Pouco depois, Tevez fez boa jogada com Edson e serviu Carlos Alberto, que, da entrada da área, chutou por cima.
Em seguida, Tevez tabelou com Dinélson, mas o meia também errou o alvo. Ao todo, o Corinthians finalizou sete vezes, três vezes com Tevez, o segundo atleta mais acionado do time, segundo o Datafolha, com 21 bolas recebidas.
No intervalo, novamente o hino do clube em versão argentina foi tocado. Os torcedores acenavam para o iraniano Kia Joorabchian, o manda-chuva da parceria corintiana, e outro argentino, o zagueiro Sebastián Domínguez, que viram a partida das tribunas.
No segundo tempo, o show de Tevez continuou. No primeiro minuto, ele roubou a bola do goleiro Magrão e chutou, mas Marcos Paulo evitou o gol quase em cima da linha. Pouco depois, o atacante deixou Carlos Alberto na frente do gol, mas ele foi derrubado por Magrão. O juiz Rodrigo Bragheto não marcou o pênalti e deu amarelo para o corintiano.
Ele reclamou e, então, recebeu o cartão vermelho, aos 7min.
"Isso é brincadeira. Ele quer prejudicar o nosso trabalho", disse, revoltado, o jogador, que está fora dos dois próximos jogos.
A revolta da torcida durou até Carlitos tocar a bola de novo. Ele levantou os torcedores ao chamar para o "baile" os atletas do Rio Branco. Com dribles curtos, desmontava a defesa adversária, mas o time seguia perdendo gols.
Aos 20min, Bragheto surgiu pela terceira vez ao expulsar Cristiano, do Rio Branco, por falta em Edson. No minuto seguinte, Lê foi lançado, invadiu a área, passou por Fábio Costa e empatou.
Mas o Rio Branco não conseguiu estragar a festa corintiana. Em novo erro na saída de bola, Dinélson roubou a bola e, da intermediária, acertou chute no ângulo direito de Magrão.
E Tevez ainda ganhou presente ao pegar rebote em chute de Marcelo Mattos. Com o gol livre, fez 3 a 1, aos 48min, e deixou o campo aos gritos de "Carlitos". (EAR)


Texto Anterior: Futebol: Offshore investe US$ 1,3 milhão na MSI
Próximo Texto: Frase
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.