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Ofuscada por astros, zaga vira trunfo do Santos
Como em 2009, ataque funciona, porém agora defesa é o diferencial da equipe, ostentando sua melhor performance desde 2006
LUCAS REIS
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Enquanto todos os holofotes
se viram para o ataque liderado
por André, Neymar e, agora,
Robinho, o sistema defensivo
do Santos carrega o piano e se
torna o grande diferencial da
equipe dirigida por Dorival Jr.
Como em 2009, o poder
ofensivo do time santista é
bom. Com 17 gols, é dono do
melhor ataque do Estadual. No
Brasileiro do ano passado, o time do então técnico Vanderlei
Luxemburgo fez 58 gols, assim
como o campeão Flamengo.
Mas é observando a atuação
da zaga santista que surge o diferencial do Santos de 2010.
No último Nacional, o time,
com Luxemburgo, sofreu os
mesmos 58 gols que marcou
-média de 1,5 tento por partida. Neste ano, a defesa santista
sofreu cinco gols em sete jogos
-0,71 de média-, a segunda
melhor do campeonato.
Apesar dos poucos jogos até
aqui, a eficiência da zaga do
Santos tem sido festejada por
Dorival Jr. Desde que chegou
ao Santos, o treinador insistia
em dizer que a prioridade era
acertar a defesa. Dispensou Fabão, Eli Sabiá, Astorga e Adaílton, a base da defesa de 2009.
Manteve Edu Dracena e, para formar sua dupla titular,
trouxe Durval, ex-Sport. Também pediu as contratações de
Bruno Rodrigo e Bruno Aguiar,
de Portuguesa e Guarani, que
atuaram juntos nas três primeiras rodadas. "Tenho quatro
jogadores em condições de serem titulares", disse o técnico.
Os números do Datafolha
mostram bem como funciona
seu sistema defensivo. O Santos é um dos times que menos
fazem desarmes: 97,4, em média, por partida. Por outro lado,
sofre só 11 finalizações por jogo,
a segunda melhor média do torneio. Ou seja: se não é tão agressiva, a marcação é eficiente, evitando chances de gol dos rivais.
Os meias de contenção também têm ajudado. A contragosto, Dorival Jr. perdeu o volante
Rodrigo Souto, mas ganhou
Arouca, que foi bem no 2 a 1
contra o São Paulo. "Falam do
ataque, mas a defesa tem atuado muito bem", disse Arouca.
Para Edu Dracena, a exposição do ataque ajuda a zaga. "O
Santos é ofensivo, e isso inibe o
adversário, que precisa marcar
e sair para o ataque. Às vezes, os
rivais ficam cansados e não têm
pernas para nos atacar", declarou, em entrevista ao Sportv.
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