São Paulo, quarta, 11 de fevereiro de 1998

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Comercial apaga CBF e patrocinador

SÉRGIO RANGEL
da Sucursal do Rio

A Parmalat retirou as logomarcas da Nike e da CBF do uniforme da seleção brasileira em um anúncio publicado em revistas.
Para promover um novo produto, Santàl Active, o atacante Ronaldinho aparece em cinco fotos atuando pela seleção com o uniforme alterado e sem a logomarca da Nike na chuteira.
De acordo com a DM9, agência de publicidade responsável pela campanha da empresa, as cinco fotos usadas na peça publicitária foram compradas de jornais.
Ronaldinho é um dos garotos-propaganda da Parmalat. No contrato assinado no ano passado, a empresa pode utilizar o jogador em campanhas nos próximos cinco anos.
A mudança do uniforme poderá criar um impasse. A Nike tem contrato de exclusividade com a CBF e o jogador. Com a entidade, a Nike assinou um contrato no ano passado que terá duração de dez anos. Nesse período, a empresa pagará US$ 220 milhões à entidade.
Para Ronaldinho, a Nike paga US$ 1 milhão por ano até o fim de sua carreira.
Na campanha publicitária da cerveja Brahma protagonizada no ano passado pelo jogador, a empresa exigiu que o atacante usasse a sua chuteira.
O artifício utilizado pela Parmalat para ""limpar" o uniforme da seleção também está sendo estudado por emissoras de televisão.
Para evitar a exibição das placas de publicidade que ficam em torno dos campos, algumas emissoras já estudam a possibilidade de usar aparelhos eletrônicos que descaracterizam as placas durante a transmissão dos jogos.
Procurados pela Folha, o diretor de marketing da Nike na divisão internacional de futebol, Cees van Nieuwenluizen, que está na Europa, e os procuradores de Ronaldinho, Reinaldo Pitta e Alexandre Martins, não foram encontrados para falar sobre o assunto.
O presidente interino da CBF, Alfredo Nunes, procurado pela Folha, passou o dia na entidade e não comentou o fato.



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