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Comercial apaga CBF e patrocinador
SÉRGIO RANGEL
da Sucursal do Rio
A Parmalat retirou as logomarcas da Nike e da CBF do uniforme
da seleção brasileira em um anúncio publicado em revistas.
Para promover um novo produto, Santàl Active, o atacante Ronaldinho aparece em cinco fotos
atuando pela seleção com o uniforme alterado e sem a logomarca
da Nike na chuteira.
De acordo com a DM9, agência
de publicidade responsável pela
campanha da empresa, as cinco
fotos usadas na peça publicitária
foram compradas de jornais.
Ronaldinho é um dos garotos-propaganda da Parmalat. No
contrato assinado no ano passado,
a empresa pode utilizar o jogador
em campanhas nos próximos cinco anos.
A mudança do uniforme poderá
criar um impasse. A Nike tem contrato de exclusividade com a CBF e
o jogador. Com a entidade, a Nike
assinou um contrato no ano passado que terá duração de dez anos.
Nesse período, a empresa pagará
US$ 220 milhões à entidade.
Para Ronaldinho, a Nike paga
US$ 1 milhão por ano até o fim de
sua carreira.
Na campanha publicitária da
cerveja Brahma protagonizada no
ano passado pelo jogador, a empresa exigiu que o atacante usasse
a sua chuteira.
O artifício utilizado pela Parmalat para ""limpar" o uniforme da
seleção também está sendo estudado por emissoras de televisão.
Para evitar a exibição das placas
de publicidade que ficam em torno dos campos, algumas emissoras já estudam a possibilidade de
usar aparelhos eletrônicos que
descaracterizam as placas durante
a transmissão dos jogos.
Procurados pela Folha, o diretor
de marketing da Nike na divisão
internacional de futebol, Cees van
Nieuwenluizen, que está na Europa, e os procuradores de Ronaldinho, Reinaldo Pitta e Alexandre
Martins, não foram encontrados
para falar sobre o assunto.
O presidente interino da CBF,
Alfredo Nunes, procurado pela
Folha, passou o dia na entidade e
não comentou o fato.
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