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FUTEBOL
Roth, Felipe e Fábio Júnior estréiam no Paulista contra novos "menudos"
Interior vê as novas caras
de Palmeiras e São Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
O primeiro clássico entre Palmeiras e São Paulo no século 21,
que acontecerá hoje, às 16h, em
São José do Rio Preto (440 km a
noroeste de São Paulo), será bem
diferente do último jogo entre os
dois times no século passado.
Dos 22 jogadores que começaram a partida em que o Palmeiras
venceu por 2 a 1 o São Paulo e o tirou da Copa João Havelange, no
dia 30 de novembro de 2000, apenas seis serão titulares hoje.
A equipe palmeirense terá em
campo nesta tarde só dois atletas
que saíram jogando naquela ocasião: o zagueiro Paulo Turra, que
conquistou espaço após o afastamento neste ano de Argel, e Taddei, que era volante e agora ocupará a lateral direita.
O time são-paulino tem quatro
titulares remanescentes daquela
decisão: o goleiro Rogério, o zagueiro Wilson, o lateral Gustavo
Nery e volante Fábio Simplício.
As duas equipes também trocaram de técnico nos quase três meses que separam as duas partidas.
Se o São Paulo dispensou Levir
Culpi pouco depois do fracasso
na Copa JH, o Palmeiras ficou há
cerca de uma semana sem Marco
Aurélio, que pediu demissão.
O duelo de treinadores hoje será
travado por Celso Roth, técnico
que, junto com os reforços Felipe
e Fábio Júnior, estará estreando
no Paulista, e Oswaldo Alvarez,
que vem dando espaço no São
Paulo para novos "menudos", como Cacá e Júlio Batista.
Além dos novos nomes nesta
temporada, Palmeiras e São Paulo
passam por novas situações.
No confronto decisivo pelas oitavas-de-final da Copa JH, o time
palmeirense vinha embalado, comemorando a chegada à final da
Mercosul com o Vasco, e o São
Paulo explicitava certa fraqueza
em momentos decisivos.
Atualmente, o Palmeiras ainda
tenta apagar o trauma da final da
Mercosul -derrota de virada por
4 a 3 em casa- e a péssima campanha nesta temporada, em que
era, até ontem, o 13º entre os 16
participantes do Paulista.
Já o São Paulo ainda celebra o título inédito do Torneio Rio-SP e
as revelações do ano, como Cacá.
Apesar das novas circunstâncias, ninguém fala em favoritismo
do São Paulo no jogo de hoje.
""Não tem essa de embalo. O Palmeiras é difícil de ser batido", afirmou o zagueiro Rogério Pinheiro,
um dos poucos atletas atuais com
boa experiência no São Paulo.
Por causa do clássico, a diretoria
do clube preferiu marcar a festa
do título do Rio-SP para amanhã.
""Se vencermos, vão dizer que
foi por causa da empolgação. Se
perdermos, vão dizer que foi por
causa do relaxamento. É sempre
assim", disse o atacante França.
No Palmeiras, jogadores e o técnico Celso Roth já previram uma
recuperação após o time ter obtido na última quinta-feira a primeira vitória em um mês.
""Ainda não estamos equilibrados, mas é justamente em um jogo assim que podemos conquistar
isso", afirmou o treinador.
As duas equipes terão desfalques na partida desta tarde.
O São Paulo não contará com
Jean, Fabiano, Maldonado e Carlos Miguel, todos suspensos. Para
manter o esquema 3-5-2, Alvarez
colocará Júlio Santos, 19, na zaga.
Cacá, o herói da conquista do Rio-SP, deverá entrar na etapa final.
No time de Roth, o desfalque é o
volante Galeano, suspenso, que
deverá dar lugar a Claudecir. O
técnico manterá o esquema ofensivo que usou na estréia.
(JOÃO CARLOS BOTELHO E RODRIGO BUENO)
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