Após estréia avassaladora, inglês se torna número 1 da McLaren e tenta provar que agora é uma certeza na F-1

TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL

Há um ano, Lewis Hamilton chegava para a abertura do Mundial de F-1 como uma incógnita. Hoje, 17 corridas, um vice-campeonato, um contrato de longo prazo e um polpudo aumento de salário depois, quer provar que é uma certeza.
Mas temporada que começa neste domingo, em Melbourne, trará algumas novidades para o inglês de 23 anos que maravilhou a categoria em 2007. Se em 2007 ele começava o Mundial com status de segundo piloto, ofuscado pelo bicampeão Fernando Alonso, agora Hamilton assume o papel de "veterano" da McLaren.
Seu parceiro será o finlandês Heikki Kovalainen, cujo currículo ostenta o mesmo número de corridas que o do parceiro, mas que foi desprezado pela Renault ao fim do ano -terminou o campeonato em sétimo. "No ano passado eu tinha muito a provar. No seu primeiro ano, todo mundo está esperando você cair", diz o piloto inglês, que falou à Folha por e-mail. "Agora vai ser bem diferente porque todo mundo já sabe o que eu posso fazer."

 

FOLHA - Depois de uma temporada de estréia espetacular você acredita que a pressão, externa e sua própria, pode tornar este ano mais difícil?
LEWIS HAMILTON - Não acredito que a pressão externa possa me atingir da mesma maneira que eu mesmo me pressiono, mas que sei como controlar. Sempre foi uma questão interna para mim, então não acredito que terei problemas.

FOLHA - Foi difícil superar as duas últimas provas de 2007?
HAMILTON - Não foi tão difícil, mas foi uma temporada muito longa, então fiquei feliz quando acabou. Já passei por situações parecidas antes de chegar à F-1, então é só questão de você esperar pela próxima temporada.

FOLHA - Está pronto para ser o "veterano" dentro da McLaren?
HAMILTON - Sinto que estou preparado se for isso que tiver de fazer. Não acredito que vá mudar algo. Pertenço à equipe, e qualquer coisa que venha junto, como meu companheiro, me fará trabalhar tanto ou mais para fazer meu trabalho da melhor forma e fazer com que todos façam o mesmo. Gosto de fazer a equipe trabalhar duro e assumir papel de responsabilidade onde quer que vá.

FOLHA - A McLaren está pronta para lutar com a Ferrari pelo Mundial como em 2007?
HAMILTON - Acho que sim. Vai ser uma briga dura outra vez. As novas regras trouxeram um monte de complicações novas e será um grande desafio para todos. Mas acho que fizemos um bom trabalho [na pré-temporada]. Vamos ver o que ocorre na primeira corrida, mas realmente creio que estaremos bem.

FOLHA - Como foi se adaptar ao carro sem controle de tração?
HAMILTON - Não tive problemas. Estou de volta ao meu velho estilo de guiar com facilidade. Lidamos com isso por muitos anos então não há nada particularmente novo.


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