São Paulo, quarta-feira, 11 de abril de 2001

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PAINEL FC

O dito...
Ricardo Teixeira contradisse o ex-técnico da seleção Zagallo em seu depoimento à CPI da CBF/ Nike, ontem, na Câmara. Quando depôs, Zagallo declarou que não atendera a pedido do presidente da CBF ao escrever de próprio punho uma carta para a Comissão de Justiça afirmando que a Nike não tinha interferência sobre a comissão técnica.

...pelo não dito
O dirigente desmentiu Zagallo dizendo que havia, sim, pedido que ele escrevesse a carta. O documento foi enviado à Câmara quando a CPI estava para ser aprovada. O objetivo era evitar que ela fosse instaurada.

Escolta
O deputado estadual Nabi Abi Chedid (PSD), ex-presidente da CBF, foi o fiel escudeiro de Teixeira em Brasília. Tentava engrossar o bloco dos favoráveis ao amigo, que travaram um duelo com os contrários a ele. O presidente da CPI, Aldo Rebelo (PC do B-SP), teve de intervir.

Oferta
Causou alvoroço a revelação da lista de políticos beneficiados com doações da CBF. A situação mais desconfortável foi a de Eurico Miranda (PPB-RJ), um dos beneficiados. Ele confirmou a doação, mas disse que não pediu. ""Foi a CBF que ofereceu."

Apressado
O deputado Dr. Rosinha (PT-BR) "madrugou" para tentar ser o primeiro na lista de perguntas para Teixeira, visando dar um tom agressivo ao depoimento logo de cara. Chegou duas horas e meia antes do início. Para neutralizar, deputados pró-Teixeira entraram na disputa.

Ribalta
A questão envolvia também os holofotes. Quem se inscrevesse para falar mais tarde, no entender de assessores de parlamentares, teria menos chance de aparecer nos telejornais da noite e nas edições de hoje dos jornais.

Capítulo
A CPI terá continuidade hoje com o depoimento de um representante do Bank of America, parceiro do Vasco.

Censurável
O canal de TV paga Globonews, que transmitiu ao vivo o depoimento de Ricardo Teixeira à CPI ontem, interrompeu a transmissão pelo menos três vezes. Justamente quando o presidente do Vasco, Eurico Miranda, que está em briga com a Rede Globo, usava o microfone.

Literal
Um erro chamou a atenção em um cartaz exibido pelo presidente da CBF aos deputados com os valores que patrocinadores destinam às principais seleções do mundo. O nome da empresa italiana Kappa, patrocinadora da seleção da Itália, estava grafado como se lê, Capa.

Escanteio
O empresário J. Hawilla, da Traffic, que organiza a Copa Mercosul com a Confederação Sul-Americana de Futebol, confirmou ontem que o São Caetano está fora da competição. O critério usado em 2000, quando o Atlético-MG foi convidado por ter sido vice-campeão brasileiro, desta vez foi ignorado.

Tradição
Com o retorno do Grêmio na quarta Mercosul, ao lado de Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Flamengo, Vasco e Cruzeiro, o torneio voltará a ter os mesmos participantes brasileiros de suas duas primeiras edições. Como agora vale uma vaga no Mundial de Clubes da Fifa de 2003, o Atlético-MG já começa a brigar.

Pazes
A Lusa tentava chegar a um acordo com a Nestlé ontem à noite para que a empresa estampe também o seu escudo -e não apenas os de Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos- em seus potes de requeijão. Assim, acabaria a ameaça de boicote de donos de padarias.

Quebra-cabeça
Dirigentes e procuradores de atletas que ainda não conseguiram entender a Lei Pelé terão uma oportunidade por meio de um curso de 15 dias que o Sindicato dos Clubes Esportivos do Estado de São Paulo promoverá a partir da próxima semana.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

Do vice jurídico do Flamengo, Amir Bocayuva, sobre a concordata e as dívidas da ISL, entre elas três parcelas de US$ 750 mil ao HMTF pelo passe de Edílson:
- Reunimos o Conselho Administrativo e decidimos: não assumiremos nenhuma dívida.

CONTRA-ATAQUE

Meio desligado

O meia-atacante iugoslavo Petkovic, que lidera um dos grupos no racha vivido pelo Flamengo -o outro é liderado por Edílson-, passou por um episódio que o deixou constrangido diante de seus "discípulos".
Desafeto de Reinaldo e Beto, com os quais chegou a discutir por causa de cobranças de falta, Petkovic conta em seu grupo com jogadores menos expressivos, como Júlio César, Maurinho, Rocha e Rodrigo Julliani.
O iugoslavo se viu frustado recentemente com o fato de o técnico Zagallo ter indicado o baiano Edílson como cobrador oficial de pênaltis do Flamengo.
Mas o seu embaraço maior foi no jogo contra o Botafogo, pelo Estadual do Rio.
Ao ouvir o apito do juiz em um lance da partida, o "fominha" correu para bater um escanteio, sem perceber que a marcação era de tiro de meta.
De costas para o campo, depois de a bola já ter sido recolocada em jogo, Petkovic pedia o incentivo dos torcedores antes da cobrança do escanteio, quando percebeu que não havia mais ninguém na área.



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