São Paulo, domingo, 11 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

JUCA KFOURI

O jogo do ano


É o primeiro, em São Paulo, neste 2010. No domingo que vem, na Vila, provavelmente assistiremos ao segundo


O MORUMBI recebe hoje o primeiro "jogo do ano" do futebol em São Paulo. E a Vila Belmiro, no domingo que vem, conforme o que acontecer hoje, tem tudo para receber o segundo.
Porque, felizmente, é assim. Adoramos "jogos do ano".
Claro que estamos nos restringindo aos limites estaduais, porque poderíamos ter um Gre-Nal como "jogo do ano" ainda no segundo turno do Gauchinho, não fosse a surpreendente eliminação do tricolor e a quebra de sua invencibilidade de 51 jogos no Olímpico. Mas tudo bem. Se duvidar, nas semifinais da Copa do Brasil, entre Santos e Grêmio, teremos mais dois "jogos do ano".
Porque é assim que as coisas são.
Este San-São vale por si mesmo.
Independentemente de ser decisivo para o Paulistinha ou não.
Fosse pelo torneio da ponta da praia ou da rua, daria no mesmo.
Pelo que o Santos vem mostrando e pelo que o São Paulo ameaça mostrar, até por influência da garotada santista que mudou a rotação e o prazer do futebol no país.
Sim, o São Paulo pode vencer e devolver a desfeita do Brasileirão de 2002, quando terminou a fase de classificação em primeiro lugar, com 13 pontos a mais que o Santos, em oitavo, e perdeu na Vila no primeiro jogo, por 3 a 1, para acabar perdendo também o segundo, no Morumbi, por 2 a 1.
Depois, como se sabe, Robinho e cia. foram campeões, algo que pelo menos Rogério Ceni há de ter bem guardado, assim como Robinho.
De Robinho, aliás, espera-se que hoje lidere a meninada em sua primeira (da meninada) empreitada decisiva com casa cheia.
No teste das crianças excepcionais, Robinho foi mal, muito mal, fruto de sua cabecinha de prego, já fartamente revelada em suas transferências do Santos para o Real Madri, do Madri para o Manchester City, do City para o Santos.
Dele se espera maturidade, liderança, porque, tecnicamente, neste momento, o time do Santos é mais importante para ele do que ele é para o time do Santos, como já ficou fartamente demonstrado.
Ao São Paulo cabe domar as feras, tarefa complicada e até com um quê de inglória, porque ganhar dos meninos ressuscitará a entediante discussão sobre o jogar bonito e perder e o jogar feio e vencer.
Não há dúvida de que o futebol agradecerá se o Santos se der bem ao fim e ao cabo da decisão, do mesmo modo que se dará em relação ao Barcelona na Liga dos Campeões e no Espanhol. Mas, se der São Paulo, Inter de Milão, Bayern Munique, Lyon ou Real Madri, nem por isso Ganso e companhia, e Messi e sua orquestra, terão deixado de ser o que são: espetaculares, engraçados, divertidos, dinâmicos, rápidos, artísticos e, atenção!, c o m p e t i t i v o s!!!

Perigo! Perigo!
Ricardo Teixeira avisa: "O atraso nas obras para a Copa-2014 pode trazer sérios problemas ao Brasil".
Claudio Weber Abramo, da ONG Transparência Brasil, adverte: "Uma das formas mais óbvias de corrupção é a de protelar a concorrência até que o estouro do prazo obrigue a contratação por "emergência" e sem concorrência. Assim se fez com as malfadadas obras do Pan-Americano do Rio".
blogdojuca@uol.com.br


Texto Anterior: Ginástica: Diego Hypólito vai a finais de solo e salto em Paris
Próximo Texto: Marlos, o tímido, vira a arma do São Paulo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.