São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2001
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FUTEBOL Depois do "treino-pijama", técnico, agora, não fala mais de tática Luxemburgo "inventa" de novo no Corinthians
MARÍLIA RUIZ ENVIADA ESPECIAL A SERRA NEGRA O técnico do Corinthians resolveu agora radicalizar o que chamou de "tática de decisão". Wanderley Luxemburgo, que ontem comandou o primeiro e único treino tático com todos os jogadores corintianos para a segunda partida das semifinais do Paulista, não deu pistas de como armará seu time no domingo. Não separou reservas e titulares. Ora usou Índio e Rogério pela direita, ora só Índio, ora só Rogério. O mesmo ocorreu no meio e no lado esquerdo. Mas como não pôde contar com Marcos Senna, Pereira e Kléber, que anteontem enfrentaram o Flamengo-PI, na Copa do Brasil, Luxemburgo não fez todas as experiências que queria. "Não importa se temos um treino ou dois antes do clássico. O trabalho começou em fevereiro e é o mesmo. Tudo é uma continuação", justificou o treinador. Precisando de uma vitória para chegar às finais do Estadual -o Santos tem a vantagem do empate-, Luxemburgo não quer que o técnico rival, Geninho, saiba como sua equipe "vai reverter a situação e chegar à final". "Não falo sobre tática. Não sou bobo. Não vou me entregar ao inimigo. Estamos às vésperas de uma decisão, tenho que usar todos os artifícios a meu favor. Temos 90 minutos para ganhar", disse o treinador corintiano, que ontem completou 49 anos. Por sinal, ao assumir a idade, ele admitiu que os documentos que indicam 1955 como seu ano de nascimento são falsos. Luxemburgo, que responde a processo por isso, nasceu em 1952. Antes, o técnico já havia cunhado o termo ""treino-pijama" para definir o esquema de trabalho adotado na semana passada. Para suprir os treinos que deixou de dar agora por estar em São Paulo com os reservas, por causa do jogo de anteontem, o técnico chegou à Serra Negra (SP), onde os titulares estão desde terça, munido de fitas de vídeo e teorias. "A convivência também é um bom treino. As conversas e as preleções são muito importantes. Valem por um treino quando preciso", disse Luxemburgo. Os jogadores, acostumados aos métodos do técnico, não reclamaram. "Ele tem razão. Não podemos dar a desculpa de que não tivemos tempo para treinar. Mesmo separados [em referência às concentrações distintas para titulares e reservas durante a semana", treinamos. E não podemos esquecer a campanha toda que fizemos juntos", afirmou o lateral Kléber. Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Marcelinho quer evitar "sombra" Índice |
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