São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2001

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FUTEBOL

Depois do "treino-pijama", técnico, agora, não fala mais de tática

Luxemburgo "inventa" de novo no Corinthians

Eduardo Knapp/Folha Imagem
Marcelinho abraça o técnico Wanderley Luxemburgo, que ontem comemorou aniversário, em intervalo de treino do Corinthians


MARÍLIA RUIZ
ENVIADA ESPECIAL A SERRA NEGRA

O técnico do Corinthians resolveu agora radicalizar o que chamou de "tática de decisão".
Wanderley Luxemburgo, que ontem comandou o primeiro e único treino tático com todos os jogadores corintianos para a segunda partida das semifinais do Paulista, não deu pistas de como armará seu time no domingo.
Não separou reservas e titulares. Ora usou Índio e Rogério pela direita, ora só Índio, ora só Rogério.
O mesmo ocorreu no meio e no lado esquerdo. Mas como não pôde contar com Marcos Senna, Pereira e Kléber, que anteontem enfrentaram o Flamengo-PI, na Copa do Brasil, Luxemburgo não fez todas as experiências que queria.
"Não importa se temos um treino ou dois antes do clássico. O trabalho começou em fevereiro e é o mesmo. Tudo é uma continuação", justificou o treinador.
Precisando de uma vitória para chegar às finais do Estadual -o Santos tem a vantagem do empate-, Luxemburgo não quer que o técnico rival, Geninho, saiba como sua equipe "vai reverter a situação e chegar à final".
"Não falo sobre tática. Não sou bobo. Não vou me entregar ao inimigo. Estamos às vésperas de uma decisão, tenho que usar todos os artifícios a meu favor. Temos 90 minutos para ganhar", disse o treinador corintiano, que ontem completou 49 anos.
Por sinal, ao assumir a idade, ele admitiu que os documentos que indicam 1955 como seu ano de nascimento são falsos. Luxemburgo, que responde a processo por isso, nasceu em 1952.
Antes, o técnico já havia cunhado o termo ""treino-pijama" para definir o esquema de trabalho adotado na semana passada.
Para suprir os treinos que deixou de dar agora por estar em São Paulo com os reservas, por causa do jogo de anteontem, o técnico chegou à Serra Negra (SP), onde os titulares estão desde terça, munido de fitas de vídeo e teorias.
"A convivência também é um bom treino. As conversas e as preleções são muito importantes. Valem por um treino quando preciso", disse Luxemburgo. Os jogadores, acostumados aos métodos do técnico, não reclamaram.
"Ele tem razão. Não podemos dar a desculpa de que não tivemos tempo para treinar. Mesmo separados [em referência às concentrações distintas para titulares e reservas durante a semana", treinamos. E não podemos esquecer a campanha toda que fizemos juntos", afirmou o lateral Kléber.


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