São Paulo, sábado, 11 de maio de 2002

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FUTEBOL

Weber Magalhães, presidente da Federação Metropolitana e amigo de Ricardo Teixeira, será o chefe da delegação

"Emergente", DF chefiará Brasil na Copa

JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DO PAINEL FC

O presidente da Federação Metropolitana de Futebol, Weber Magalhães, 45, será o chefe da delegação brasileira na Copa do Mundo deste ano. Ele se integra ao grupo que tentará o pentacampeonato na Coréia e no Japão na próxima sexta-feira.
O dirigente que comanda o futebol no Distrito Federal foi escolhido por Ricardo Teixeira, presidente da CBF, para ocupar o cargo que em 1998, na França, foi de Fábio Koff, hoje presidente da Liga Nacional de Clubes.
Magalhães, de acordo com a CBF, foi escolhido por ser a Federação Metropolitana de Futebol a que mais se destacou no Brasil nos últimos anos fora do eixo Sul-Sudeste -o Gama está na final da Copa Centro-Oeste, e o Brasiliense disputa o título da Copa do Brasil na próxima quarta-feira.
Mas o "emergente" Weber Magalhães também é amigo pessoal de Teixeira e tem a confiança plena do presidente da CBF.
O presidente da Federação Metropolitana de Futebol não será um novato na seleção.
Nas eliminatórias da Copa do Mundo, por exemplo, Magalhães esteve em quase todos os jogos da seleção no Brasil e no exterior.
O chefe da delegação tem uma função diplomática na Copa. Mas, excluído o presidente da CBF, dá a última palavra nas questões que envolvem a parte administrativa da seleção durante a disputa do torneio.
Magalhães, que assumiu a Federação Metropolitana de Futebol em 1996, viaja na quinta-feira para Barcelona, na Espanha, onde o time comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari enfrentará a seleção da Catalunha.
De lá, ele segue com o grupo para a Malásia, para a Coréia do Sul e, se o Brasil passar da primeira fase no Mundial, para o Japão.
Na quarta-feira, o dirigente acompanha a decisão da Copa do Brasil, em Taguatinga, entre Brasiliense e Corinthians.
"Fico feliz com o cargo, mas só vou poder me concentrar mesmo após a final da Copa do Brasil, que será um momento histórico para o futebol da capital federal", disse Magalhães, que ontem passou o dia reunido com Teixeira no Rio.
O novo chefe de delegação quebra uma tradição na gestão de Teixeira à frente da CBF. Nas três Copa do Mundo disputadas pelo Brasil sob o comando do dirigente, sempre o chefe de delegação foi um homem ligado aos clubes.
Em 1990, o cargo foi ocupado por Eurico Miranda, presidente do Vasco. Quatro anos depois, Mustafá Contursi, do Palmeiras, esteve à frente do grupo que conquistou o Mundial dos EUA.
Além disso, a escolha de Magalhães reforça a aliança formada pelos presidentes de federação e pela entidade que comanda o futebol brasileiro.
Clubes, televisão, CBF e federações travam disputa nos bastidores pelo controle dos principais torneios do calendário nacional.
A proximidade entre Teixeira e o presidente da Federação Metropolitana de Futebol aumentou nos últimos dois anos.
Enquanto Teixeira era acossado por uma saraivada de denúncias das CPIs do Congresso que investigaram o futebol, Magalhães se empenhava em organizar a base de apoio ao dirigente entre as federações estaduais.


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