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FUTEBOL
Weber Magalhães, presidente da Federação Metropolitana e amigo de Ricardo Teixeira, será o chefe da delegação
"Emergente", DF chefiará Brasil na Copa
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DO PAINEL FC
O presidente da Federação Metropolitana de Futebol, Weber
Magalhães, 45, será o chefe da delegação brasileira na Copa do
Mundo deste ano. Ele se integra
ao grupo que tentará o pentacampeonato na Coréia e no Japão na
próxima sexta-feira.
O dirigente que comanda o futebol no Distrito Federal foi escolhido por Ricardo Teixeira, presidente da CBF, para ocupar o cargo que em 1998, na França, foi de
Fábio Koff, hoje presidente da Liga Nacional de Clubes.
Magalhães, de acordo com a
CBF, foi escolhido por ser a Federação Metropolitana de Futebol a
que mais se destacou no Brasil
nos últimos anos fora do eixo Sul-Sudeste -o Gama está na final da
Copa Centro-Oeste, e o Brasiliense disputa o título da Copa do
Brasil na próxima quarta-feira.
Mas o "emergente" Weber Magalhães também é amigo pessoal
de Teixeira e tem a confiança plena do presidente da CBF.
O presidente da Federação Metropolitana de Futebol não será
um novato na seleção.
Nas eliminatórias da Copa do
Mundo, por exemplo, Magalhães
esteve em quase todos os jogos da
seleção no Brasil e no exterior.
O chefe da delegação tem uma
função diplomática na Copa.
Mas, excluído o presidente da
CBF, dá a última palavra nas
questões que envolvem a parte
administrativa da seleção durante
a disputa do torneio.
Magalhães, que assumiu a Federação Metropolitana de Futebol
em 1996, viaja na quinta-feira para Barcelona, na Espanha, onde o
time comandado pelo técnico
Luiz Felipe Scolari enfrentará a seleção da Catalunha.
De lá, ele segue com o grupo para a Malásia, para a Coréia do Sul
e, se o Brasil passar da primeira
fase no Mundial, para o Japão.
Na quarta-feira, o dirigente
acompanha a decisão da Copa do
Brasil, em Taguatinga, entre Brasiliense e Corinthians.
"Fico feliz com o cargo, mas só
vou poder me concentrar mesmo
após a final da Copa do Brasil, que
será um momento histórico para
o futebol da capital federal", disse
Magalhães, que ontem passou o
dia reunido com Teixeira no Rio.
O novo chefe de delegação quebra uma tradição na gestão de
Teixeira à frente da CBF. Nas três
Copa do Mundo disputadas pelo
Brasil sob o comando do dirigente, sempre o chefe de delegação foi
um homem ligado aos clubes.
Em 1990, o cargo foi ocupado
por Eurico Miranda, presidente
do Vasco. Quatro anos depois,
Mustafá Contursi, do Palmeiras,
esteve à frente do grupo que conquistou o Mundial dos EUA.
Além disso, a escolha de Magalhães reforça a aliança formada
pelos presidentes de federação e
pela entidade que comanda o futebol brasileiro.
Clubes, televisão, CBF e federações travam disputa nos bastidores pelo controle dos principais
torneios do calendário nacional.
A proximidade entre Teixeira e
o presidente da Federação Metropolitana de Futebol aumentou
nos últimos dois anos.
Enquanto Teixeira era acossado
por uma saraivada de denúncias
das CPIs do Congresso que investigaram o futebol, Magalhães se
empenhava em organizar a base
de apoio ao dirigente entre as federações estaduais.
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