São Paulo, sábado, 11 de maio de 2002

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Dirigentes da Fifa entram com ação judicial contra Joseph Blatter

DA REDAÇÃO

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, terá de responder às acusações de corrupção e desvio de verbas da entidade na Justiça.
Onze dos 24 membros do Comitê Executivo da entidade que controla o futebol no mundo oficializaram ontem a decisão de entrarem com uma ação na Justiça da Suíça, onde fica a sede da Fifa.
O objetivo da ação é obter de Blatter respostas às acusações de corrupção e malversação dos recursos da Fifa feitas pelo secretário-geral da entidade, Michel Zen-Ruffinen, por meio de um relatório entregue na reunião do comitê ocorrida na semana passada.
O chefe da promotoria do cantão (Estado) de Zurique, Hansruedi Mueller, confirmou ter recebido ontem o pedido de ação judicial contra Blatter.
Entre os 11 "rebeldes" estão cinco vice-presidentes da federação: o sueco Lennart Johanson, presidente da Uefa, o sul-coreano Chung Mong-joon, o italiano Antonio Matarrese, o escocês David Will e o sul-africano Issa Hayatou, candidato de oposição a Blatter nas eleições do próximo dia 29 para a presidência da Fifa.
Ontem, em comunicado oficial, os cinco vice-presidentes declararam que decidiram entrar na Justiça após a reunião do Comitê Executivo, na semana passada.
"O relatório [apresentado no dia 3 de maio" demonstrou que há várias irregularidades dentro da entidade e que as inúmeras decisões inconstitucionais foram adotadas pelo presidente [Blatter" podem ser consideradas delitos pelo Código Penal suíço", afirmou o comunicado.
"Não nos agrada adotar tal procedimento, mas como membros da direção da Fifa temos a responsabilidade legal, perante as associações afiliadas, de agir dessa maneira."
Em comunicado no site oficial da Fifa, Joseph Blatter declarou ser "extremamente incomum que o candidato adversário [Hayatou" e seus aliados políticos conduzam a campanha eleitoral por intermédio da Justiça".

ISL
A Fifa divulgou ontem um acordo feito com a empresa Ernst & Young, administradora da massa falida da ISL/ISMM, que irá devolver 26,8 milhões de francos suíços (cerca de US$ 17 milhões) por conta da rescisão do contrato com a empresa de marketing esportivo que tratava dos direitos de transmissão das Copas do Mundo deste ano, na Coréia do Sul e no Japão, e a de 2006, na Alemanha.


Com agências internacionais



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