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São Paulo, domingo, 11 de maio de 2003

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FUTEBOL

Time explora jogadas pela esquerda e bolas altas, como faz equipe titular, e vence por 3 a 0; Doni sai ovacionado

Reservas do Corinthians batem Criciúma

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Os reservas do Corinthians imitaram os titulares ontem e levaram o time a vencer o Criciúma por 3 a 0, com jogadas marcantes da equipe quando está completa.
No Pacaembu, os escolhidos de Geninho para entrar em campo também apostaram nos lances pela esquerda e nas bolas pelo alto. Foi assim que saiu o segundo gol, marcado pelo atacante estreante Leandro Amaral.
Com o resultado, os reservas corintianos conseguiram diminuir o abismo que tem separado o seu desempenho e o dos titulares, já que preservaram algumas das principais características do time.
Mas o futebol apresentado não foi brilhante. Como também não têm sido as últimas atuações do time, mesmo completo.
Gil, Jorge Wagner, Fabinho e Cocito, contundidos, não jogaram. Kléber, que cumprirá suspensão quarta-feira, contra o River, já deu seu lugar a Roger. Liedson foi poupado, abrindo espaço para Leandro Amaral. Pingo ganhou uma vaga no meio-campo.
No time misto, o jogador mais festejado pelos torcedores foi Doni. Tudo porque defendeu um pênalti cobrado pelo lateral Paulo Baier, aos 23min do segundo tempo tempo, quando o time já vencia por 2 a 0.
Ele teve o seu nome berrado pelos torcedores, que em seguida gritaram: "é quarta-feira", em referência ao jogo com os argentinos, que fez Geninho escalar mais reservas do que necessário.
A festa feita pelos torcedores para Doni se justifica porque, caso o Corinthians vença os argentinos por um gol de diferença, a vaga para as quartas-de-final da Libertadores será decidida por meio de uma disputa de pênaltis.
Mesmo sem os canhotos Kléber, que entrou no final, Gil e Jorge Wagner, o Corinthians explorou os cruzamentos pela esquerda desde o início.
Leandro, que, quando Gil joga, atua pela direita, avançou por aquele setor com o reserva Roger. Porém, faltou eficiência no começo. No primeiro tempo, Roger errou quatro dos seis cruzamentos que tentou fazer pela esquerda.
A equipe também entrou disposta a manter a estratégia de abusar das faltas para neutralizar as jogadas do rival. Tanto que, na etapa inicial, fez 14 infrações contra dez do Criciúma, de acordo com o Datafolha.
Antes do início da rodada, o clube catarinense era o quarto mais violento do Nacional. Os corintianos ocupavam a sexta posição nesse ranking.
Na hora de usar a força, o time paulista tentou seguir a ordem de Geninho, que pede faltas longe da área. Resultado: o atacante Leandro terminou o primeiro tempo como o mais violento do time, com três faltas.
Seu xará, Leandro Amaral, teve a estréia que queria, após passagens decepcionantes por São Paulo e Palmeiras. Aos 43min do primeiro tempo, ele deu o passe para Fabrício chutar e abrir o placar no Pacaembu.
Na etapa final, aos 14min, de cabeça, Amaral fez seu primeiro gol pelo clube.
A vantagem de dois gols fez Geninho colocar ainda mais reservas. E deu tempo para o time fazer mais um. Aos 38min, após escanteio, Fábio Luciano chutou e fez seu quarto gol no Brasileiro. O zagueiro é o artilheiro do time na competição, ao lado de Liedson.


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