São Paulo, sexta-feira, 11 de maio de 2007 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
GP espanhol aposta em chicane para empolgar
Barcelona é a 2ª pista com menos ultrapassagens na F-1, atrás só da de Mônaco
TATIANA CUNHA ENVIADA ESPECIAL A BARCELONA Ela foi o assunto mais comentado ontem no paddock de Barcelona. Uma chicane construída antes da curva que leva à reta principal do circuito espanhol virou a vedete do GP de domingo, quarta etapa da F-1. Criada para dar mais segurança aos pilotos, transformou-se na grande esperança de mais ultrapassagens na pista catalã, por fazer com que os carros entrem mais lentos e próximos na reta -seu formato quase em "L" faz com que os pilotos tenham de diminuir a velocidade. Tradicionalmente uma das corridas mais monótonas do calendário da categoria, o GP da Espanha é o segundo que menos vê trocas de posições dentro da pista -perde só para Mônaco, disputado nas ruas. De acordo com levantamento feito pelo site especializado www.talkaboutautos.com, levando-se em conta todas as corridas do calendário desde 1998, a pista de Barcelona propiciou uma média de 8,4 ultrapassagens por GP. Mônaco registrou 6,6 trocas de posição. A prova que mais ultrapassagens vê, em média, é a da China -no entanto somente três edições foram realizadas até hoje. A terceira pista "antiultrapassagens" da lista é a da Hungria -12,1 trocas, em média. "Acho que, do ponto de vista do piloto, essa nova chicane é pior. Fica uma coisa "meio Montecarlo". Mas, para o show, acho que vai ser legal, porque pode permitir mais ultrapassagens", diz Felipe Massa, da Ferrari. "Antes, era impossível seguir o carro que estava à sua frente na entrada da reta." Seu compatriota Rubens Barrichello concorda. "No ano passado, a gente chegava a fazer a curva em sexta marcha, a uns 250 km/h, sem ter área de escape. Claro que para um piloto fazê-la agora a 50 km/h não vai ser legal. Mas acho que para passar vai ser bem melhor", afirmou o piloto da Honda. "Dono da casa", o bicampeão Fernando Alonso, da McLaren, tem opinião diferente. "Vai ser a mesma coisa. Se você tinha um carro bom no ano passado, saía da última curva rápido o suficiente para fazer a ultrapassagem. Agora vai fazer o mesmo, mas na chicane." Em uma pista com poucas chances de ultrapassar como a que hoje recebe os primeiros treinos livres para o GP da Espanha, fica ainda mais evidente a importância de sair na frente e de fazer uma boa largada. Depois de superar o "trauma" do fraco início de temporada com uma vitória na última corrida -teve problemas na Austrália e chegou em sexto e largou na pole na Malásia, mas foi apenas o quinto-, Massa quer dar início a uma nova fase. "Não dá para dizer que o campeonato começa aqui para mim porque ele já começou na Austrália. Mas com certeza as coisas agora são diferentes", diz o brasileiro, que está cinco pontos atrás dos líderes Alonso, Kimi Raikkonen, da Ferrari, e Lewis Hamilton, da McLaren. "As duas primeiras corridas não foram o que eu esperava, a terceira foi fantástica. Precisamos trabalhar duro para repetir o que fizemos na última." Para este GP, o brasileiro terá um apoio importante fora da pista. Pela primeira vez desde que se aposentou, no final de 2006, seu mentor, o alemão Michael Schumacher, estará nos boxes da Ferrari. NA TV - Treino para o GP da Espanha Sportv, ao vivo, às 9h Texto Anterior: Xico Sá: Milonga do adiós Próximo Texto: Frase Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |