São Paulo, terça-feira, 11 de maio de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Após Massa chiar, Ferrari estudará mudanças

Chefe da escuderia assume parte da responsabilidade por maus resultados

Problema no carro do piloto brasileiro pode estar ligado ao tipo de pneus usado até agora e que será trocado para a corrida de domingo

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A BARCELONA

Depois de Felipe Massa passar o final de semana inteiro do GP da Espanha reclamando de seu carro, a Ferrari disse que fará o possível para tentar dar ao piloto brasileiro melhores condições já na próxima etapa do Mundial de F-1, que acontecerá no domingo, em Mônaco.
Sem conseguir apontar ao certo o problema que o incomodava, Massa terminou a corrida de anteontem na sexta colocação e viu seu companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso, chegar em segundo e abrir 18 pontos de vantagem sobre ele no campeonato.
O australiano Mark Webber, da Red Bull, foi o vencedor da prova em Barcelona.
"Nesta semana, será muito importante estudar e tentar descobrir o que pode ser feito no carro do Felipe, talvez em termos de acerto, preparação e nível de carga aerodinâmica, pois tenho certeza de que, se lhe dermos um carro bom, ele será muito forte", falou Stefano Domenicali, chefe da equipe.
"O que devemos fazer de nossa parte é dar ao Felipe um carro no qual ele se sinta confortável guiando. Depende apenas de nós oferecermos a ele o máximo que podemos", completou o dirigente, ao assumir parte da responsabilidade pelos resultados do piloto brasileiro.
Uma das possíveis causas do fraco desempenho de Massa é o tipo de pneus que vem sendo utilizado nas últimas corridas.
Desde o início do ano, o brasileiro vem reclamando de dificuldades para colocá-los na janela de temperatura ideal. Em Barcelona, sofreu também com a falta de aderência.
Para Mônaco, no entanto, o tipo dos compostos que será disponibilizado pela Bridgestone será diferente, o que pode colocar fim às dúvidas de Massa sobre o problema que o aflige na escuderia italiana.
De acordo com Domenicali, Alonso também não está ainda totalmente satisfeito com seu F10, apesar de agora ocupar a vice-liderança do Mundial de F-1, apenas três pontos atrás do inglês Jenson Button, da McLaren, o primeiro colocado.
"O Felipe passou a reclamar do nível de aderência desde o começo, e isso nunca havia ocorrido antes. E, para ser sincero, o Fernando também afirmou a mesma coisa."
O espanhol, no entanto, conseguiu se adequar melhor ao carro e superou o companheiro com facilidade nas duas últimas corridas do Mundial.
Anteontem, apesar de suas melhores voltas terem sido quase seis décimos mais rápidas que os melhores giros de Massa, o brasileiro não teve pista livre à sua frente em nenhum momento da prova, diferentemente de Alonso.
Nas duas corridas anteriores, o bicampeão havia ficado preso atrás do parceiro e, mesmo com um ritmo melhor, não conseguiu superá-lo. Na China, quando percebeu que ficaria novamente atrás de Massa, Alonso fez a polêmica ultrapassagem na entrada dos boxes, forçando o brasileiro a jogar seu carro na grama a fim de não provocar um acidente.
Alonso, então, entrou para seu pit antes, e o companheiro teve de esperar algum tempo para fazer sua troca, o que lhe custou algumas posições.
Anteontem, em casa, o bicampeão contou com a sorte para completar em segundo lugar, já que, faltando 12 voltas para o final da corrida, ele ocupava o quarto posto, mesma colocação em que havia largado.
Mas aí Sebastian Vettel teve problemas nos freios de seu Red Bull, e Lewis Hamilton, da McLaren, no pneu dianteiro esquerdo. Ambos acabaram cedendo seus lugares a Alonso.



Texto Anterior: Japão: Brasileiro disputará a Copa da África pela seleção nipônica
Próximo Texto: Cuca fresca: Dirigente diz não se preocupar com falhas na Red Bull
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.