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Após Massa chiar, Ferrari estudará mudanças
Chefe da escuderia assume parte da responsabilidade por maus resultados
Problema no carro do piloto brasileiro pode estar ligado
ao tipo de pneus usado até agora e que será trocado
para a corrida de domingo
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A BARCELONA
Depois de Felipe Massa passar o final de semana inteiro do
GP da Espanha reclamando de
seu carro, a Ferrari disse que
fará o possível para tentar dar
ao piloto brasileiro melhores
condições já na próxima etapa
do Mundial de F-1, que acontecerá no domingo, em Mônaco.
Sem conseguir apontar ao
certo o problema que o incomodava, Massa terminou a corrida de anteontem na sexta colocação e viu seu companheiro
de equipe, o espanhol Fernando Alonso, chegar em segundo
e abrir 18 pontos de vantagem
sobre ele no campeonato.
O australiano Mark Webber,
da Red Bull, foi o vencedor da
prova em Barcelona.
"Nesta semana, será muito
importante estudar e tentar
descobrir o que pode ser feito
no carro do Felipe, talvez em
termos de acerto, preparação e
nível de carga aerodinâmica,
pois tenho certeza de que, se
lhe dermos um carro bom, ele
será muito forte", falou Stefano
Domenicali, chefe da equipe.
"O que devemos fazer de nossa parte é dar ao Felipe um carro no qual ele se sinta confortável guiando. Depende apenas
de nós oferecermos a ele o máximo que podemos", completou o dirigente, ao assumir parte da responsabilidade pelos resultados do piloto brasileiro.
Uma das possíveis causas do
fraco desempenho de Massa é o
tipo de pneus que vem sendo
utilizado nas últimas corridas.
Desde o início do ano, o brasileiro vem reclamando de dificuldades para colocá-los na janela de temperatura ideal. Em
Barcelona, sofreu também com
a falta de aderência.
Para Mônaco, no entanto, o
tipo dos compostos que será
disponibilizado pela Bridgestone será diferente, o que pode
colocar fim às dúvidas de Massa sobre o problema que o aflige
na escuderia italiana.
De acordo com Domenicali,
Alonso também não está ainda
totalmente satisfeito com seu
F10, apesar de agora ocupar a
vice-liderança do Mundial de
F-1, apenas três pontos atrás do
inglês Jenson Button, da
McLaren, o primeiro colocado.
"O Felipe passou a reclamar
do nível de aderência desde o
começo, e isso nunca havia
ocorrido antes. E, para ser sincero, o Fernando também afirmou a mesma coisa."
O espanhol, no entanto, conseguiu se adequar melhor ao
carro e superou o companheiro
com facilidade nas duas últimas corridas do Mundial.
Anteontem, apesar de suas
melhores voltas terem sido
quase seis décimos mais rápidas que os melhores giros de
Massa, o brasileiro não teve
pista livre à sua frente em nenhum momento da prova, diferentemente de Alonso.
Nas duas corridas anteriores,
o bicampeão havia ficado preso
atrás do parceiro e, mesmo com
um ritmo melhor, não conseguiu superá-lo. Na China,
quando percebeu que ficaria
novamente atrás de Massa,
Alonso fez a polêmica ultrapassagem na entrada dos boxes,
forçando o brasileiro a jogar
seu carro na grama a fim de não
provocar um acidente.
Alonso, então, entrou para
seu pit antes, e o companheiro
teve de esperar algum tempo
para fazer sua troca, o que lhe
custou algumas posições.
Anteontem, em casa, o bicampeão contou com a sorte
para completar em segundo lugar, já que, faltando 12 voltas
para o final da corrida, ele ocupava o quarto posto, mesma colocação em que havia largado.
Mas aí Sebastian Vettel teve
problemas nos freios de seu
Red Bull, e Lewis Hamilton, da
McLaren, no pneu dianteiro esquerdo. Ambos acabaram cedendo seus lugares a Alonso.
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