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Denílson vence duelo entre atletas da Copa
da Reportagem Local
Até os 37min do segundo tempo,
o duelo entre os jogadores da decisão que vão à Copa da França estava equilibrado, com uma ligeira
vantagem dos corintianos Rincón
e Gamarra (seleção colombiana e
paraguaia, respectivamente) sobre
o são-paulino Denílson.
Nesse confronto, há exatamente
um mês do Mundial, até o fator
numérico beneficiava o Corinthians, já que o outro são-paulino
que vai à França, o zagueiro Márcio Santos, deixou o campo aos
9min do primeiro tempo, com
uma contusão muscular.
Mas aos 33min da etapa final,
Denílson, com uma atuação discreta até então, fez uma jogada espetacular. Ao seu estilo, driblou o
zagueiro Cris numa estreitíssima
faixa de campo e deu um toque rápido para França decretar a vitória
que deu o título ao São Paulo.
Gamarra e Rincón tinham, até
ali, participação mais efetiva no
jogo. O zagueiro paraguaio foi o
líder de desarmes do time (24), enquanto Rincón foi o terceiro (12).
Mantendo a característica de desarmar sem faltas, Gamarra cometeu apenas uma na partida.
A estatura do paraguaio (1,80
m), porém, foi negativamente decisiva no primeiro gol do São Paulo. Com seus 1,87 m, França subiu
mais que ele para, de cabeça, deixar Raí livre para marcar.
Rincón, que após o primeiro gol
são-paulino deixou a função de
volante para jogar mais avançado,
como armador, foi o mais acionado do time -29 bolas recebidas.
Além da jogada que definiu o resultado, Denílson manteve alguns
destaques de outros jogos: foi o
maior driblador do jogo (20 dribles certos) e levou vantagem sobre dois dos seus três marcadores.
Ganhou mais jogadas sobre
Vampeta e sobre Cris. Contra Rodrigo, ganhou três jogadas e perdeu três. Em compensação, Denílson foi quem mais perdeu bola na
partida -nove.
A grande ironia: o destaque da
final não foi nem Denílson nem
Márcio Santos nem Gamarra nem
Rincón, mas Raí, desprezado pelo
técnico da seleção brasileira, Mario Lobo Zagallo.
Testado por 70 minutos no
amistoso contra a Argentina, no
dia 29 de abril, no Maracanã, o
meia não foi bem -motivo considerado suficiente por Zagallo para
deixá-lo fora da Copa.
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