São Paulo, segunda, 11 de maio de 1998

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INDY
"Queima de estoque' e a distribuição gratuita de ingressos não serviram para estimular a presença na Rio 400
Promoção é ignorada, e público fracassa

FELIPE WERNECK
da Sucursal do Rio

A "queima de estoque", com a distribuição gratuita de ingressos e as promoções que foram feitas de última hora, não serviu para evitar o fracasso de público ontem na Rio 400.
Oficialmente, 23.500 pessoas estavam nas oito arquibancadas em Jacarepaguá -com capacidade para 45 mil pessoas-, mas apenas três delas estavam cheias.
Uma estimativa considerada otimista por funcionários do autódromo, apontou o público total de 15 mil pessoas.
Evandro Bueno, executivo de contas comerciais da Cart, disse que o público presente foi "bom". "A divulgação foi ruim até no canal oficial, o SBT, mas, com as promoções, o pessoal veio e não foi um fracasso", disse Bueno.
Dos 37 mil ingressos colocados à venda, cerca de 12 mil foram distribuídos gratuitamente por rádios cariocas, pelo SBT e pela Souza Cruz, proprietária da marca de cigarros Hollywood.
A organização negou que essa distribuição tivesse sido feita com o objetivo de estimular a presença de público. O principal problema do evento foi a fraca divulgação.
O ingresso custava caro (R$ 70 arquibancada, R$ 250 arquibancada com acesso aos boxes e R$ 750 VIP) e só foi vendido em alguns postos de gasolina e em um shopping da cidade.
Ontem, o ingresso de R$ 70 foi vendido em promoção: três custavam R$ 100.
Segundo o último número oficial divulgado, no final da tarde, apenas 15 mil ingressos haviam sido vendidos. Mães e estudantes pagavam metade.
No ano passado, 22 mil pessoas assistiram à prova. Em 96, quando foram instaladas outras arquibancadas e colocados 60 mil ingressos à venda, apenas 12 mil pessoas compareceram ao autódromo.



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