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GRUPO C
Seleção dá a partida para vida de nômade
Brasil começa hoje a chamada "Copa Caramujo"
DOS ENVIADOS A ULSAN
O Brasil se prepara para enfrentar a partir de hoje o que o supervisor da CBF, Américo Faria, intitulou de "Copa Caramujo".
Quando deixar Ulsan às 23h (de
Brasília, 11h de quarta-feira na
Coréia) com destino a Seul, a seleção brasileira deixará de ter um
quartel-general fixo.
"Com a casa nas costas", terá
pela frente um périplo desgastante. Se chegar à final da Copa, em
Yokohama, viajará para mais cinco cidades diferentes em um intervalo de apenas 16 dias.
No sábado, se terminar a primeira fase na liderança do Grupo
C, o time de Luiz Felipe Scolari
embarca, de avião, para Kobe, onde disputará as oitavas-de-final,
no dia 17. Vencendo, viaja de trem
para Shizuoka e, com mais um
triunfo nas quartas, para Saitama,
onde disputa uma vaga na final.
Caso perca na quinta para os
costarriquenhos, o itinerário será
diferente: viaja de avião para Miyagi e de trem para Shizuoka, Saitama e, finalmente, Yokohama.
A opção por não montar um
QG fixo foi tomada em conjunto
por Scolari, pela cúpula da CBF e
por Faria. O treinador mostrou
preocupação quanto ao desgaste
físico dos atletas, que já estão fora
do Brasil há mais de um mês
-nesse período, passou por três
países e quatro cidades diferentes.
"O fato de jogarmos cada fase
em uma sede é um dos principais
problemas desta Copa. Mas optamos por não ter uma sede fixa justamente para diminuir o número
de deslocamentos. Se montássemos uma só concentração na segunda fase, faríamos sete viagens
dentro do Japão. Agora, viajando
como caramujo, serão só três. Ganhamos mais dias livres para o
Luiz Felipe treinar o time", afirmou Américo Faria.
Para ele, a seleção sai na frente
dos rivais que optaram por montar um QG em solo japonês.
A opção pelo uso de trem, e não
de avião, pela delegação brasileira
no Japão também levou em conta
o menor tempo de deslocamento.
O chefe de segurança da delegação brasileira, coronel Castelo
Branco, disse que a rotina de viagens e a concentração itinerante
não colocarão em risco a segurança da seleção. "Não muda em nada nossa situação. Já contatamos
os departamentos de polícia locais. Não corremos nenhum risco", afirmou o coronel, famoso
por implantar esquemas de segurança "à la Swat" para isolar a seleção de torcedores e jornalistas.
(FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)
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