São Paulo, terça-feira, 11 de junho de 2002

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GRUPO C

Seleção dá a partida para vida de nômade

Brasil começa hoje a chamada "Copa Caramujo"

DOS ENVIADOS A ULSAN

O Brasil se prepara para enfrentar a partir de hoje o que o supervisor da CBF, Américo Faria, intitulou de "Copa Caramujo".
Quando deixar Ulsan às 23h (de Brasília, 11h de quarta-feira na Coréia) com destino a Seul, a seleção brasileira deixará de ter um quartel-general fixo.
"Com a casa nas costas", terá pela frente um périplo desgastante. Se chegar à final da Copa, em Yokohama, viajará para mais cinco cidades diferentes em um intervalo de apenas 16 dias.
No sábado, se terminar a primeira fase na liderança do Grupo C, o time de Luiz Felipe Scolari embarca, de avião, para Kobe, onde disputará as oitavas-de-final, no dia 17. Vencendo, viaja de trem para Shizuoka e, com mais um triunfo nas quartas, para Saitama, onde disputa uma vaga na final.
Caso perca na quinta para os costarriquenhos, o itinerário será diferente: viaja de avião para Miyagi e de trem para Shizuoka, Saitama e, finalmente, Yokohama.
A opção por não montar um QG fixo foi tomada em conjunto por Scolari, pela cúpula da CBF e por Faria. O treinador mostrou preocupação quanto ao desgaste físico dos atletas, que já estão fora do Brasil há mais de um mês -nesse período, passou por três países e quatro cidades diferentes.
"O fato de jogarmos cada fase em uma sede é um dos principais problemas desta Copa. Mas optamos por não ter uma sede fixa justamente para diminuir o número de deslocamentos. Se montássemos uma só concentração na segunda fase, faríamos sete viagens dentro do Japão. Agora, viajando como caramujo, serão só três. Ganhamos mais dias livres para o Luiz Felipe treinar o time", afirmou Américo Faria.
Para ele, a seleção sai na frente dos rivais que optaram por montar um QG em solo japonês.
A opção pelo uso de trem, e não de avião, pela delegação brasileira no Japão também levou em conta o menor tempo de deslocamento.
O chefe de segurança da delegação brasileira, coronel Castelo Branco, disse que a rotina de viagens e a concentração itinerante não colocarão em risco a segurança da seleção. "Não muda em nada nossa situação. Já contatamos os departamentos de polícia locais. Não corremos nenhum risco", afirmou o coronel, famoso por implantar esquemas de segurança "à la Swat" para isolar a seleção de torcedores e jornalistas. (FÁBIO VICTOR, FERNANDO MELLO, JOSÉ ALBERTO BOMBIG E SÉRGIO RANGEL)



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