|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
VÔLEI DE PRAIA
Alteradas às pressas para o Circuito Mundial, três duplas femininas começam hoje busca por vaga olímpica
Troca-troca inquieta disputa para Atenas
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Três duplas femininas do Brasil
iniciam hoje a busca pelas duas
vagas do país em Atenas sem entrosamento e tempo para treinar.
Mas, desta vez, a culpa não é do
calendário apertado ou da falta de
estrutura. Sandra/Ana Paula, Leila/Mônica e Tatiana/Alexandra
serão vítimas de suas próprias opções: trocar de parceria às vésperas da primeira etapa do Circuito
Mundial, em Rhodes, na Grécia.
Duas vezes medalhista em
Olimpíadas, Sandra se juntou a
Ana Paula. Deixou Leila, com
quem estava desde o fim de 2001 e
que agora jogará com Mônica.
Com as alterações, restou a Tatiana (ex de Ana Paula) e a Alexandra (ex de Mônica), sem uma
alternativa melhor, se unirem.
A alegação de Sandra e Ana
Paula para a troca é que, juntas,
têm mais chance de ficar com a
segunda vaga do Brasil e de tentar
medalha em Atenas -à primeira
é favorita Adriana Behar/Shelda,
que também jogará a etapa grega.
A mudança vinha sendo especulada desde o anúncio de que a
posição no ranking internacional
até o meio de 2004 definirá os dois
representantes do país em Atenas.
"Isso era vontade de muita gente, inclusive do nosso presidente
[Ary da Graça, da CBV]", afirmou Sandra, que, ao menos no
papel, foi a maior beneficiada.
Com Leila, terminou o Circuito
Mundial-2002 em sétimo. Ana
Paula, agora sua parceira, ficou
em quinto atuando com Tatiana.
Resignada, Leila disse não se
importar em atuar com uma parceira teoricamente mais fraca
-Mônica foi, com Alexandra, oitava na temporada passada.
Sandra afirma que a vontade de
jogar com Ana Paula, mais experiente que Leila na areia, era antiga. Uma das dificuldades teria sido a diferença de patrocinadores.
Para costurar o acordo, desta
vez as duas terão o mesmo patrocinador, que também abarcará
Leila/Mônica. "Não seria justo fazer uma troca se a Leila ficasse em
situação ruim", declarou Sandra.
A Brasilcap, braço de capitalização do Banco do Brasil -principal patrocinador da confederação
brasileira-, investirá nas duplas.
A negociação incluiu também a
criação de uma "comissão técnica". Sandra quis ficar com seu
treinador, Marcelo del Negro. Já
Ana Paula pediu a permanência
do marido, Marcos Miranda.
Diretor de marketing da Brasilcap, Natanael Castro não revelou
qual será o aumento do investimento, que irá até 2004.
Foi necessária também a ajuda
da CBV, que acertou com a FIVB
a participação das novas duplas já
em Rhodes. Normalmente, elas se
inscrevem um mês antes da etapa.
Texto Anterior: Sem estrelas, Leão pede folga para o Santos Próximo Texto: Memória: Esporte rendeu cinco medalhas em dois Jogos Índice
|