Seleção feminina ganha de 125 a 45 em Pré-Olímpico

Juan Carlos Hidalgo/Efe

A ala Micaela, do Brasil, na vitória sobre a seleção de Fiji na estréia no Pré-Olímpico da Espanha

DA REPORTAGEM LOCAL

A seleção feminina venceu com facilidade Fiji ontem, por 125 a 45, na estréia no Pré-Olímpico Mundial, em Madri. Hoje, às 7h45, decide o primeiro lugar do Grupo C com a Espanha, que folgou ontem.
Quem vencer o duelo decide uma vaga olímpica nas quartas-de-final contra Belarus ou Taiwan. O derrotado terá que enfrentar Cuba em busca de um lugar nos Jogos de Pequim.
Ontem, a equipe do técnico Paulo Bassul não enfrentou nenhuma dificuldade para garantir classificação à segunda fase.
Fiji entrou na seletiva olímpica quase por acaso. A equipe foi vice-campeã do Pré-Olímpico da Oceania, perdendo a decisão para a Nova Zelândia.
O país foi beneficiado pela ausência da Austrália, que não disputou o torneio por ter assegurado lugar na Olimpíada com o título do Mundial de 2006.
Contra uma equipe amadora e cansada -havia jogado na véspera contra a Espanha-, o técnico da seleção, Paulo Bassul, pôde fazer experiências.
Assim, Natália, Karla e Franciele ficaram mais em quadra que a maior parte das titulares.
No ataque, as brasileiras se valiam de trocas rápidas de bola e da nítida vantagem física para deslanchar no marcador -o Brasil conquistou 47 rebotes, contra 27 do adversário.
Na defesa, porém, erros de posicionamento deixaram as fijianas livres para arremessar em alguns momentos. Mas a pontaria rival era sofrível: 24% de acerto nos tiros de quadra.
"Contra a Espanha, é preciso melhorar a defesa, em especial nas dobras e na passagem das laterais", diz Mamá, referindo-se à jogada em que a pivô bloqueia a marcadora para deixar a ala livre para arremessar.
Sem enfrentar resistência, a seleção acabou o primeiro tempo com boa vantagem: 60 a 24.
Sem preparo físico, as fijianas fizeram só quatro pontos no último quarto, mesmo com o Brasil atuando com reservas.
Iziane com 28 pontos, tornou-se a cestinha do torneio.
"Foi uma partida em que a diferença técnica era grande. O pior que podia acontecer era a perda de concentração, o que não aconteceu", disse Bassul.
"Vamos jogar para ganhar da Espanha. Mas não vamos exigir demais de algumas atletas. Não queremos perder ninguém na partida decisiva", acrescentou.